Vazamento de produto químico da linha 4 do metrô

RIO — O vazamento de um produto químico injetado para facilitar as escavações da Linha 4 do metrô, no início da tarde de segunda-feira, na esquina das ruas Farme de Amoedo com Barão da Torre, em Ipanema, voltou a deixar moradores apreensivos com o futuro da obra. Apesar de ter a aparência de cimento, o Consórcio Linha 4 Sul, responsável pela obra, garantiu que se trata de polímero, composto utilizado na indústria. As duas ruas tiveram que ser interditadas por cerca de duas horas e meia, para que equipes pudessem evitar o avanço do material químico. Um carro-pipa também foi usado para ajudar na limpeza. O incidente ocorreu a cerca de 43 metros de distância de onde, em maio do ano passado, um afundamento de solo resultou em duas crateras e na interrupção do uso do chamado tatuzão, equipamento utilizado para perfuração do terreno. Desta vez, também segundo o consórcio, não houve necessidade de paralisação porque não há risco para as edificações próximas.

Consórcio ainda não sabe o que causou o vazamento

Segundo a assessoria do Consórcio Linha 4 Sul, responsável pela da Linha 4 do Metrô Rio, as causas do vazamento do produto químico ainda estão sendo analisadas. A movimentação na manhã desta terça-feira era grande na esquina das ruas Barão da Torre com Farme de Amoedo, em Ipanema, onde ocorreu o incidente. Operários do consórcio montavam uma barreira com sacos de areia para conter possíveis novos vazamentos no local.

Pedestres param para ver de perto o local onde ocorreu o vazamento. Muitos reclamam do atraso das obras. O aposentado Nélio Ferreira, de 80 anos, que mora há 50 na Rua Barão da Torre, convive há dois anos com os transtornos causadas pela implantação do metrô no bairro. Ele conta que, quando viu o vazamento, ficou assustado,

— Estão enxugando gelo e não sabem o que fazem. Ontem (segunda), os funcionários da obra corriam de um lado para o outro e, com vassouras nas mãos, empurravam o produto para os bueiros, arriscando provocar outro problema, entupindo as redes pluviais. Toda vez que ligam o tatuzão acontece um problema — afirmou.

Fonte: O Globo, 13/01/2015

 

 

Deixe um comentário

Rolar para cima