O ex-governador de Alagoas e atual deputado federal Ronaldo Lessa (PDT) marcou para o próximo dia 23 de fevereiro, a primeira audiência da Frente Parlamentar Mista, que é presidida pelo parlamentar.
A proposta, aprovada na reunião desta quarta-feira, em Brasília, foi feita pela Ferrofrente, Frente Nacional pela Volta das Ferrovias. De acordo com José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Ferrofrente, será uma ótima oportunidade de discutir a medida provisória que o Governo Federal encaminhou para o Congresso Nacional, propondo a renovação antecipada, em 10 anos, as atuais concessões ferroviárias por mais trinta anos.
Um absurdo enorme, porque de acordo com o presidente da Ferrofrente, isso vai atravancar ainda mais o progresso do País, travando os gargalos logísticos, porque pretende, sem licitação e utilizando contratos ultrapassados, com mais de 20 anos, mantém na prática o monopólio dos trilhos nas mãos dos grupos, ou seus sucessores, que tiveram duas décadas para fazer investimentos e não o fizeram.
“O Brasil precisa ampliar o debate para melhorar as alternativas de transportes e, assim, aperfeiçoar a logística e os custos excessivamente altos no País. O transporte ferroviário é uma opção viável e deve ser estendida em todo o território nacional. Nosso país precisa de soluções novas, criativas, planejadas e estruturantes, que atraiam investimentos para equacionar os principais problemas de logística no transporte de cargas e de passageiros”, disse Gonçalves.
Ele lembrou que de acordo com o ranking de competitividade divulgado recentemente, o Brasil atingiu a pior classificação dos últimos 20 anos, chegando a 81ª posição, seis a menos em relação ao ano passado, quando estava no 75º lugar, e 33 posições a menos que nos últimos quatro anos. “O Brasil precisa voltar a ascender, mas que daqui para frente isso se dê de forma sustentável, com a infraestrutura bem organizada, o que é fundamental para o desenvolvimento econômico.
Sem isso, as empresas não conseguem administrar adequadamente seus negócios, os produtos encarecem no mercado interno (prejudicando os consumidores) e no mercado externo (prejudicando as exportações), uma vez que muitos de nossos concorrentes têm custos menores e mais competitivos, exatamente pela logística”, disse o especialista em ferrovias.
Fonte: Assessoria de Imprensa – Glauco Braga, 02/01/2017