As transportadoras ferroviárias, que são as concessionárias privadas, investiram, nos últimos 15 anos, mais de R$ 30 bilhões no sistema ferroviário brasileiro. Já a indústria ferroviária investiu nos últimos 10 anos R$ 1,5 bilhão na modernização de fábricas existentes, em novas fábricas, aplicação de tecnologias e treinamento de mão de obras, segundo Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer),
Na opinião do executivo, a macrometrópole de Campinas tem uma tradição ferroviária e desponta como grande potencial do mercado para os próximos anos. “Você tem um entroncamento de várias linhas de bitola média e bitola larga, várias concessionárias de carga que passam pela região e tem também o projeto do que será o trem regional de média velocidade que vai passar por Hortolândia, Campinas e vai até Americana. O trem de alta velocidade vai partir de Campinas em direção a São Paulo e Rio de Janeiro”.
Para Abate, o transporte ferroviário de carga contribuirá para uma melhoria do custo logístico com redução do Custo Brasil, pois, na medida em que for implementada uma estrutura ferroviária associada a outros transportes perfeitamente integrados, explica o presidente da Abifer, começa a reduzir custos logísticos, promovendo também o próprio crescimento do PIB.
Para o executivo, o transporte ferroviário de passageiros é uma questão de mobilidade urbana, não só dentro da cidade, mas também entre cidades.
Segundo Rodrigo Vilaça, presidente executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), o Brasil precisa implementar, e esclarecer aos investidores, o modelo que se quer para o setor ferroviário no país.
Para ele, existe uma falta de capacidade de gestão aliada a um planejamento muito imediatista não calcado naquilo que realmente é possível ser feito. Somado a isso a burocracia que existe para construir obras de médio e grande porte.
Fonte: DCI, 25/10/2013
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