Reajuste da tarifa dos trens será adiado mais uma vez

O reajuste da tarifa dos trens, previsto para ocorrer na próxima sexta-feira, dia 4, será adiado mais uma vez. A Agência Reguladora dos Transportes no estado do Rio (Agetransp) autorizou em janeiro o aumento da tarifa para até R$ 7. Desde então a SuperVia e o governo do estado vêm tentando chegar a um acordo para que o reajuste não pese tanto no bolso do passageiro, que hoje paga R$ 5 pela passagem.

A nova tarifa deveria, por contrato, ter entrado em vigor no início de fevereiro, mas foi adiada inicialmente para a próxima sexta. Nesta quarta-feira (2) a Secretaria estadual de Transportes, no entanto, informou que, “até que sejam concluídas as negociações entre o Governo do Estado e a Supervia, a vigência do reajuste tarifário do sistema ferroviário será adiada”.

Procurada, a SuperVia informou, também nesta quarta, que ainda não foi batido o martelo sobre o novo preço da passagem e que também não está definida a data em que o aumento passará a vigorar. A Agetransp, por sua vez, afirma que a negociação cabe apenas à concessionária e ao estado.

O reajuste tarifário dos trens ocorre anualmente com base na inflação medida pelo índice IGP-M, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, conforme previsto no contrato de concessão. Foi com base nesse índice que a Agetransp homologou o novo valor máximo de R$ 7. Porém, desde o início, o estado já havia informado que o mesmo não seria praticado e deu início a uma negociação com a concessionária para definir a nova tarifa.

A SuperVia lembra que, desde o ano passado, quando a tarifa homologada foi de R$ 5,90, vem concedendo desconto de R$ 0,90 aos usuários, conforme negociado com o estado na ocasião. A concessionária diz ainda que, em função da pandemia do coronavírus, desde março de 2020 acumula uma perda financeira de mais de R$ 646 milhões. Segundo a SuperVia, os trens transportam atualmente metade do volume total de passageiros em relação ao que era registrado antes da pandemia e que, considerando a pandemia e a crise econômica e social do Rio de Janeiro, a recuperação total do fluxo de usuários só deve ocorrer em 2024.

Fonte: O Globo,03/03/2022

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