Minas e RU assinam acordo para o setor ferroviário

As ferrovias fazem parte da história e da cultura de Minas Gerais. O Estado possui a maior malha ferroviária do País: são cerca de cinco mil quilômetros que cruzam 180 municípios e ligam as regiões Norte e Sul, ajudando no escoamento da produção de grãos e minerária. Para que o setor continue relevante, é fundamental o investimento em modernização e a atualização permanente da tecnologia e do conhecimento. Com esse propósito, assinou-se um Memorando de Entendimentos (MOU) entre o Núcleo de Desenvolvimento Ferroviário de Minas Gerais (NDF) e o Birmingham Centre of Railway Research and Education (BCRRE) da Universidade de Birmingham, do Reino Unido.

A assinatura foi realizada em evento na FAPEMIG. A solenidade reuniu as instituições parceiras no projeto: FAPEMIG, secretarias estaduais de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) e de Desenvolvimento Econômico (Sede), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG). O Reino Unido foi representado pelo Consulado Britânico em Belo Horizonte e pelo diretor do BCRRE.


Júlio Campos, coordenador NDF; André Oliveira, reitor IF Sudeste; Marcelo Andrade, reitor UFSJ; Clive Roberts, diretor do BCRRE; Paulo Beirão, presidente da FAPEMIG; Kathleen Garcia, secretária adjunta Sede; Renato Santos, representante consulado britânico em BH; Roberto Santana, Athenas Projetos; João Leite, ex-deputado estadual (Foto: Almir Ferreira/FAPEMIG)

O presidente da FAPEMIG, Paulo Beirão, destacou a importância da iniciativa em seu pronunciamento. “A FAPEMIG sempre estará pronta a aderir e apoiar ações baseadas em ciência e tecnologia que tenham impacto potencial no desenvolvimento econômico e social do Estado”. Ele referiu-se à parceria com Universidade de Birmingham como um resgate histórico, já que muitas ferrovias do País foram construídas em parceria com a Inglaterra.

A secretária adjunta de Desenvolvimento Econômico, Kathleen Garcia, destacou a importância da pesquisa científica e tecnológica voltada para o aprimoramento da infraestrutura ferroviária. Ela falou sobre o sucesso do Estado na atração de investimentos e empresas, o que requer como contrapartida soluções de infraestrutura. Garcia finalizou com um apelo para as instituições e os pesquisadores envolvidos no acordo: “Sejam rápidos! Tragam informações, conhecimento e inovações para nos ajudarem a atender tais demandas”.

Perspectivas
O NDF tem como missão contribuir para desenvolver e modernizar o transporte ferroviário de Minas Gerais, com formação, treinamento de pessoal, pesquisas e desenvolvimento para geração e transferência de novas tecnologias. Júlio Cesar Costa Campos, coordenador do NDF e professor da Universidade Federal de Viçosa, apresentou o Núcleo e falou sobre perspectivas com a assinatura do MOU.

Campos relembrou a criação do NDF, em 2021, com inicialmente três universidades parceiras. Hoje, o NDF é composto por 13 instituições, que desenvolvem projetos sobre aspectos diversos, desde o uso de rejeito de mineração em camadas de pavimento ferroviário e climatização de vagões até a análise espacial e do desenvolvimento do transporte ferroviário em Minas Gerais.

Para ele, um dos destaques da parceria firmada com a Universidade de Birmingham é a possibilidade de capacitação de pesquisadores para desenvolverem estudos sobre o setor metro ferroviário. “Hoje, no Estado, possuímos apenas um curso de Engenharia Ferroviária. Esse acordo abre caminho para pensarmos em novos cursos de graduação e pós-graduação”.

Por Vanessa Fagundes – 24-05-2023

Fonte: http://www.fapemig.br/pt/noticias/968/

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