Aconteceu na Gare da Estação D. Pedro II, sexta-feira dia 28 de março o encerramento das festividades dos 150 anos da Estrada de Ferro Central do Brasil. Neste último evento, uma parceria da Aenfer com a SuperVia, o bisneto de Cristiano Ottoni, Ignácio de Loyola Benedicto Ottoni, recebeu pelas mãos da presidente da Aenfer Clarice Soraggi, uma réplica da estátua de Cristiano Otonni. Emocionado com a lembrança, Ignácio disse que espera que as autoridades voltem a lembrar da ferrovia.
Clarice Soraggi ressaltou que o trabalho do ferroviário foi feito com muito amor ao longo desses anos. Para ela estamos num cenário novo, mas que esse cenário seja melhor para o nosso país. O diretor de Operações da SuperVia, João Goveia falou da importância do evento e da ferrovia no país.
Participaram do evento o presidente da Agetrans Noel de Carvalho, a vereadora Silva Pontes, o diretor Executivo da Refer Waldemar Ferreira, alunos das Escolas Silva Freire e Central do Brasil.
A banda da Guarda Municipal do Rio de Janeiro abrilhantou as homenagens e acompanhou até a parte externa da Gare o último momento onde foi depositada uma coroa de flores embaixo da estátua do engenheiro Cristiano Ottoni, colocada pelos estudantes e pelo seu bisneto.
Cristiano Ottoni foi engenheiro e construtor da Estrada de Ferro D. Pedro II onde demonstrou qualidades de organizador e de líder. A leitura dos relatórios da Companhia não deixa a menor dúvida de sua onipresença e da força de suas convicções que, invariavelmente, eram acatadas. A ele, deve o Brasil a construção da ferrovia, em época que parecia temeridade superar as extraordinárias dificuldades técnicas, principalmente as da transposição da Serra do Mar, notável obra de engenharia, onde foram perfurados 5.279 metros de túneis. Pode-se dizer que Ottoni foi o verdadeiro patriarca de nossas estradas de ferro pelas quais lutou sem esmorecimento