Segundo o diretor executivo do Sesef, será necessário aporte público de R$ 82 milhões para recompor a reserva técnica e manter em funcionamento o Plano de Saúde dos Ferroviários .
A informação foi dada na terça-feira (21) pelo diretor-executivo do Serviço Social das Estradas de Ferro (Sesef), Jorge Moura, durante audiência pública promovida pela Subcomissão Permanente em Defesa do Emprego e da Previdência Social, ligada à Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A reunião foi presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
Segundo Moura, a reserva técnica do fundo, calculada em 33 mil Notas do Tesouro, foi consumida de forma criminosa. Com isso, afirmou, o plano perdeu seu equilíbrio financeiro e está ameaçado de extinção. Ele pediu apoio aos senadores presentes à audiência no trabalho de convencer o governo a promover um aporte de recursos capaz de recompor a reserva técnica do fundo.
– Precisamos que o governo reponha essas Notas do Tesouro. E não vamos ficar de pires na mão eternamente – disse Moura, lembrando que cerca de 13 mil ferroviários de 70 a 80 anos poderão ficar sem plano de saúde.
Representante da Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários, João Edacir Calegari Morais recordou que uma solução para o caso deverá ser adotada em menos de 30 dias, para evitar o fechamento do plano dos ferroviários.
Após ouvir os representantes dos ferroviários, Paim anunciou que a comissão daria todo o apoio às suas reivindicações. Ele afirmou ainda que solicitaria audiência com os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e dos Transportes, Alfredo Nascimento, para tratar do assunto.
– Não é possível que esse país não reconheça a importância da família ferroviária – disse Paim.
As senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Marinor Brito (PSOL-PA) e Lídice da Mata (PSB-BA) manifestaram apoio aos ferroviários. Lídice da Mata também defendeu a reativação dos trens de passageiros em todo o país. Por sua vez, o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) apoiou o repasse de recursos federais ao plano dos ferroviários e pediu a apuração das responsabilidades pela dilapidação do patrimônio do plano.
Fonte: Agência Senado, 22/06/2011