Linha 15-Branca do Metrô SP vai remover 400 imóveis

Com cerca de 13,5 quilômetros de extensão, a futura Linha 15-Branca do Metrô (Vila Prudente-Dutra), um prolongamento da 2-Verde, desapropriará 400 imóveis, entre casas, pontos comerciais, agências bancárias, duas escolas, estacionamentos e parte de duas favelas. O ramal deverá chegar até o limite com Guarulhos, na Grande São Paulo, e atender aos bairros Jardim Anália Franco, Vila Formosa, Vila Manchester, Aricanduva, Penha e Tiquatira, servindo de conexão para os passageiros da zona leste de São Paulo.

O mapa das desapropriações e o traçado definitivo da linha foi obtido pelo Estado. Toda a extensão desse novo ramal do metrô será subterrânea, o que diminui o custo com as desapropriações. Ao todo, serão 13 estações, algumas em regiões bem pobres, outras em áreas valorizadas. A mais nobre será a Estação Anália Franco, que ficará localizada bem na porta de onde hoje existe o Shopping Anália Franco, bairro nobre na região do Tatuapé.

A maior estação, no entanto, deverá ser a Paulo Freire, que terá demanda parecida com estações do porte como a do Alto do Ipiranga (Linha 2-Verde) e terá a função de receber passageiros das Rodovias Presidente Dutra e Fernão Dias, além de atender ao Parque Novo Mundo. Ela ficará às margens da Marginal do Tietê. Essa estação deverá ter um shopping e um estacionamento para receber quem estiver vindo de fora da capital e quiser entrar na cidade usando o metrô.

Prazos. No planejamento do Metrô, o primeiro trecho da Linha 15-Branca deverá ser entregue só em 2020. Serão 3,3 km de extensão, com apenas quatro estações – Vila Prudente, Orfanato, Água Rasa e Anália Franco -, o que exigirá um investimento de R$ 2,3 bilhões em valores atuais. O restante deverá ser inaugurado até 2025. Quando estiver completa, ela terá conexões com outras quatro linhas. Duas já existem hoje (2-Verde, na Vila Prudente, e 3-Vermelha, na Penha) e outras duas serão construídas (6-Laranja, em Anália Franco, e 23-Preta, na Penha de França).

A favela que será mais atingida pelas desapropriações é a de Tiquatira, perto da Marginal do Tietê. Cerca de 40 barracos serão removidos ao lado sul do Viaduto General Milton Tavares de Souza. Em compensação, os moradores do entorno – que engloba o restante da favela, dois conjuntos habitacionais e pelo menos uma escola estadual – terão uma estação de metrô bem do lado de casa. A estação terá o nome da favela: Tiquatira.

Um pouco mais ao sul ficará a estação que vai provocar a desapropriação do segundo maior número de imóveis: Aricanduva, ao lado norte da avenida de mesmo nome. Terão de ser removidos 29 imóveis, incluindo barracos de uma pequena favela catalogada pela Secretaria Municipal de Habitação, a Soares Neiva.

Na área nobre de Anália Franco, serão 24 imóveis, entre eles um quarteirão inteiro de casas e lojas, um estacionamento e mecânica de caminhões, um trecho de área verde no terreno do shopping e uma praça ao lado. Outros 22 imóveis serão desapropriados para a construção da Estação Vila Formosa.

Fonte: O Estado de S.Paulo, 09/04/2012

 

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