Ao menos três megaprojetos desenvolvidos pelo governo de São Paulo prometem colocar, novamente, os trens nos trilhos no Estado.
O primeiro plano que começa a deixar o papel é o que quer refazer a histórica ligação entre a capital e Jundiaí.
Os planos da gestão Alckmin é colocar em cinco anos, no máximo, trens diretos entre a Água Branca (zona oeste) e o centro de Jundiaí, que desde o século 19 é abastecido de uma ferrovia.
Jundiaí recebe trens desde 1867 e recebeu trens da Fepasa até janeiro de 1999.
Para esse projeto já foram concluídas as audiências públicas (indispensáveis para grandes licitações) e está pronto o projeto funcional, que aponta sua viabilidade e define até estações. Santos e Sorocaba são outros dois destinos considerados prioritários para o governo por possuírem demandas por transporte público.
Principalmente de pessoas que moram nessas localidades, mas trabalham todos os dias na capital -fazendo o chamado “bate-volta”.
Essas cidades já possuem linhas férreas com ligação com a capital, o que facilita a execução desses projetos porque são reduzidos os valores e prazos de desapropriações.
Para Santos e Sorocaba, os trens existentes são apenas para transporte de carga.
Para Jundiaí, até existe trem para passageiros diariamente, mas é pela CPTM. Isso significa uma hora e meia de viagem com 16 paradas pelo caminho e, ainda, a necessidade de uma baldeação em Francisco Morato, já na Grande São Paulo.
O governo ainda não sabe quanto custará uma passagem nesse trem. A viabilidade da volta desse transporte é, porém, oferecer uma opção mais barata para quem usa o carro, pagando pedágios.
Marca de Governo
Além de não ser um projeto tão complicado quanto construir uma linha de metrô ou um trecho do Rodoanel, a possibilidade da volta dos trens é factível por contar com empenho especial do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Ele quer chegar a 2014, quando deve candidatar-se à reeleição, com as obras em andamento e poder colher os frutos pela implantação de um transporte aprovado por economistas a ecologistas.
O tucano quer uma marca forte para seu governo.
Em 2013, a administração Alckmin deve fazer novos estudos e pode ampliar o número de projetos. Serão estudadas regiões como Campinas e São José dos Campos.
Fonte:Folha de S.Paulo, 05/08/2012