Open Access: conceitos e desdobramentos

O diretor-presidente da Empresa de Engenharia, Construções e Ferrovias S/A – VALEC eng.º José Eduardo Castello Branco encerrou o último dia do seminário com palestra sobre o tema “Segregação da Infraestrutura Ferroviária no Brasil”. Ele afirmou que este seminário está ocorrendo em momento oportuno pois 2500km de ferrovias estão em construção  no momento só pela VALEC. Temos ainda a duplicação da E.F.Carajás, o prolongamento da Ferronorte e expansão da Transnordestina, alcançando 5000km de obras. Isso sem falar de investimentos em metrôs urbanos e novas concessões ferroviárias previstas para breve.

O Open Access é um novo modelo de concessão dos trechos ferroviários. Neste caso a infraestrutura fica com um operador que também controla o tráfego. Nessas vias circulam vários operadores ferroviários. Tudo começou na Suécia em 1988. Este modelo já acontece nos aeroportos, nos setores de energia e telecomunicações. O modelo hoje é verticalizado. Na União Europeia tornou-se modelo compulsório.

Existem atualmente 4 modelos: integral; operador dominante; infraestrutura segregada e o modelo russo.

O Open Access trouxe grandes avanços na Dinamarca e Holanda. Na Alemanha mais de 300 operadores estão circulando na antiga malha ferroviária. Está bem avançado em outros países europeus.

O novo modelo apresenta várias vantagens: Para isso a VALEC passará por novo arranjo institucional, ficando com a venda da capacidade dos novos trechos instalados.

No encerramento o presidente do Clube de Engenharia Francis Bogossian agradeceu pela presença e participação do público, de entidades ferroviárias que acompanharam os três dias do evento e de todos que estavam diretamente envolvidos com o seminário.

O presidente da AENFER Luiz Lourenço de Oliveira agradeceu a todos aqueles que prestigiaram o seminário Transtrilhos 2012, especialmente aos palestrantes e coordenadores que abrilhantaram tecnicamente o encontro. Ressaltou que o transporte sobre trilhos permanece como o modo mais econômico e viável para baratear o custo das mercadorias e viabilizar o transporte de pessoas.

O secretário de Transportes do Estado do Rio de Janeiro Júlio Lopes também esteve presente no último dia do seminário e disse que o evento teve uma importância fundamental para os rumos do transporte ferroviário principalmente em nosso estado.

 

Veja apresentação do trabalho do engenheiro Castello Branco

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