A importação de profissionais qualificados já acende um alerta em algumas categorias. Nos últimos três anos, o mercado brasileiro viu crescer quatro vezes o número de autorizações de trabalho para estrangeiros com pós-graduação, mestrado e doutorado no país. O governo federal também tem se mostrado mais aberto para receber esses profissionais. A estratégia de atrair médicos de diferentes nacionalidades para suprir a demanda, com a movimentação para adotar a mesma medida em outras áreas, entretanto, já incomoda entidades de classe. A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), por exemplo, já soltou uma nota dizendo ser contrária à proposta de atrair mais profissionais.
O presidente da entidade, Murilo Pinheiro, diz que a intenção governista não se justifica. “A importação de mão de obra se limitaria a resolver o problema de forma paliativa e não nos deixaria nenhum legado”, disse em nota. Para a FNE, o ideal era investir na mão de obra que já está no país. Ela defende que, se o objetivo é fixar o profissional no interior, tal como o Programa Mais Médicos, o ideal é que as prefeituras façam concursos, com salários justos. O órgão também destaca que não é novidade a falta de profissionais. A entidade diz que alertou há mais de cinco anos sobre a necessidade investir nos profissionais, na formação e na especialização.
Fonte: Correio Braziliense
Por Grasielle Castro, 19/08/2013