Uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus promoveu um pulo coletivo de catracas na gare da Central do Brasil no início da noite desta quinta-feira (30). De acordo com o 5º BPM (Praça da Harmonia), 150 pessoas participaram do protesto. Centenas de passageiros acabaram também passando pelas roletas sem pagar, estimulados pelos ativistas.
Pouco antes das 21h, sem confronto com a Polícia Militar, que se concentrou fora da estação, ou com seguranças da concessionária, o grupo começou a caminha pela Avenida Presidente Vargas em direção à Avenida Rio Branco. O trânsito chegou a ser interditado em ambas as vias. Às 21h30, a manifestação chegou à escadaria da Câmara Municipal.
Assessoria de imprensa disse que a concessionária encara o ato como manifestação, não como boicote, e que não houve qualquer orientação à PM para que não houvesse repressão. A empresa informou também que não era possível mensurar quantos não pagaram a passagem até as 21h.
Ativistas entoaram gritos como “a SuperVia é a vergonha do Brasil” e “se a passagem aumentar, o Rio vai parar”. A SuperVia informou que o protesto não influenciou na circulação dos trens até o horário. O acesso à estação também seguiu de forma tranquila.
Por volta das 20h15, com o movimento menor na Central do Brasil, ativistas se dividiram em cada uma das entradas do prédio para dizer aos usuários que o embarque era gratuito. Por sua vez, funcionários da SuperVia informavam que o funcionamento era normal. Algumas catracas estão fora de operação.
Reajuste
O valor da passagem de ônibus no Rio vai aumentar em 8 de fevereiro, de R$ 2,75 para R$ 3. O reajuste de 9,09%, divulgado na noite desta quarta-feira (29) pela Prefeitura, será publicado na edição desta quinta do Diário Oficial.
O anúncio foi feito um dia após o Tribunal de Contas do Município (TCM) votar o relatório sobre o serviço prestado pelas empresas de ônibus no Rio. O TCM informou que não tem competência para decidir se pode ou não haver reajuste no preço das passagens de ônibus e deixou a cargo da Prefeitura a decisão sobre o reajuste.
O decreto assinado pelo prefeito Eduardo Paes que estabelece o reajuste da tarifa determina uma série de adequações que deverão ser tomadas pela Secretaria Municipal de Transportes para fiscalizar o Serviço Público de Transporte de Passageiros por Ônibus (SPPO). Entre as principais obrigações está a contratação de empresa de auditoria para fiscalizar as revisões tarifárias. O documento estabelece ainda, entre outras medidas, que a secretaria exija dos consórcios a adequação dos terminais de passageiros no prazo de até 180 dias e elabore, no prazo de 30 dias, plano determinando que, até 31 de dezembro de 2016, todos os ônibus sejam equipados com ar-condicionado.
Operação Pare o Aumento
Assim que foi anunciado o aumento na noite desta quarta-feira (29), ativistas começaram a mobilizar manifestantes nas redes sociais para um ato de protesto, previsto para 6 de fevereiro, dois dias antes de entrar em vigor o reajuste. A manifestação deverá acontecer na Candelária, Centro do Rio. “Se a passagem aumentar, o Rio vai parar”, informa o cartaz publicado no Facebook.
Desde dezembro, quando Paes sinalizou que haveria aumento em 2014, manifestantes foram às ruas para dizer que não aceitariam qualquer aumento. O último ato ocorreu na noite de 18 de janeiro, quando um grupo interditou a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio. Em seguida, o protesto continuou na Central do Brasil, onde alguns ativistas também chegaram a pular as catracas.
Fonte: G1, 31/01/2014
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