Acidente impactou resultado da ALL

O acidente ocorrido em novembro em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, contribuiu para a queda de 3,8% dos volumes transportados pelas operações ferroviárias da América Latina Logística (ALL) no último trimestre do ano passado. O volume passou a 11,5 bilhões de toneladas transportadas por quilômetro útil (TKU) de outubro a dezembro de 2013, ante 11,9 bilhões de TKU um ano antes. Mesmo assim, o Ebitda (resultado operacional) da companhia cresceu – conforme prévia divulgada na manhã de ontem.

O aumento no quarto trimestre foi de 0,8%, para R$ 327 milhões. No acumulado de 2013, o Ebitda das operações ferroviárias da ALL somou R$ 1,7 bilhão, 8,1% acima do número do ano anterior. Em volume, o resultado anual caiu 1,2%, para 44,7 bilhões de TKU.

Com o acidente, o corredor mais importante da ALL, de bitola larga, ficou interrompido por quase nove dias, segundo a companhia. Esse corredor conecta o Estado de Mato Grosso ao Porto de Santos (SP) e é responsável por uma média de 60% e 65% do volume das operações ferroviárias da companhia e de seu Ebitda ajustado, respectivamente.

O Ebitda consolidado da ALL também subiu, tanto no último trimestre do ano passado, como no acumulado do ano. De janeiro a dezembro, somou R$ 1,83 bilhão, 8,4% superior ao valor do ano anterior. Além do avanço nas operações ferroviárias, contribuiu para o aumento anual o crescimento de 30,8% no Ebitda da controlada Brado. Esses desempenhos mais do que compensaram a queda de 4,1% da outra controlada, a Ritmo.

No período de outubro a dezembro, o aumento do Ebitda foi bem menos expressivo, de 2% em relação ao último trimestre de 2012, totalizando R$ 349,6 milhões. Enquanto a Brado Logística teve um aumento de 18,5% em seus volumes transportados em contêineres no quarto trimestre do ano passado, a Ritmo teve uma queda de 8,4%. Assim, o Ebitda da Brado cresceu 79,6% no período, para R$ 17 milhões. Já o da Ritmo teve uma redução de 45,1% em relação ao quatro trimestre de 2012, ao totalizar R$ 4,6 milhões.

Em 2014, a empresa afirma que espera um cenário favorável, com melhora de seu ambiente operacional e com a previsão de crescimento de 4% na safra agrícola sobre a forte safra de 2013. As ações da empresa caíram 3,9% ontem na BM&F Bovespa, para R$ 6,20, ante baixa de 0,72% do Ibovespa.

Fonte: Valor Econômico, 06/02/2014

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