Rio – A tarifa social, que já é oferecida nas barcas, passará a valer também para trens e metrô. O benefício para os usuários de Bilhete Único, proposto pelo governo do estado, foi aprovado nesta quarta-feira pela Assembleia Legislativa em discussão única. Hoje, com a tarifa social das barcas, quem tem bilhete único paga R$ 3,10, e não os R$ 4,50 cobrados de quem compra a passagem em dinheiro. O mesmo sistema será adotado agora nos outros dois modais, e o governo subsidiará a diferença.
Na votação de ontem, 14 das 81 emendas ao texto original foram aprovadas. Entre elas, estão a que determina que a Agência Reguladora de Transportes (Agetransp) contrate uma empresa independente para auditar as tarifas em 180 dias. Também foi aprovada a emenda que garante o benefício de pagar a tarifa social no trem mesmo a quem não tiver realizado a integração intermunicipal. Ficou estabelecido ainda que os idosos poderão entrar nos modais com o documento de identidade.
O acordo para aprovação das emendas aconteceu na reunião do Colégio de Líderes, pela manhã, em que esteve presente o secretário de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner. Segundo o líder do Governo, deputado André Corrêa (PSD), esse projeto evita que haja aumento das passagens.
— O papel do estado é justamente subsidiar para aqueles que não podem pagar. Estamos autorizando o Governo a fazer o subsídio, e não a demagogia. As tarifas de ônibus, o bilhete único já são auditados pela Fundação Coppetec — disse.
As tarifas do metrô e dos trens serão reajustadas este ano, com base em percentuais a serem decididos pela Agetransp, embora o governo do estado tenha anunciado anteriormente que as passagens permaneceriam congeladas em 2014. Com a aprovação da tarifa social, é provável, segundo o deputado Luiz Paulo (PSDB), que os usuários do Bilhete Único continuem pagando o preço atual, e os demais a tarifa com reajuste, que ele estima que fique em torno de 6%.
— Esse subsídio não contempla todos. Só quem tem Bilhete Único e faz duas viagens. Quem faz três vai pagar a tarifa cheia, no último percurso. Quem não tem o Bilhete Único, também — critica.
Fonte: Jornal Extra, 27/02/2014
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