A Alstom Brasil, subsidiária do grupo francês Alstom, que foi denunciada e está sob investigação no processo de formação de cartel para fornecimento do metrô de São Paulo, divulgou hoje que encerrou o ano fiscal 2013/2014, em 31 de março, com crescimento de 30% em faturamento sobre o exercício anterior.
Segundo disse Marcos Costa, presidente da empresa no país, em comunicado, a empresa fechou o exercício com faturamento de R$ 3,1 bilhões. E que obteve R$ 6 bilhões em novos contratos. “O volume de pedidos em carteira nos dá conforto de quase quatro anos de atividades, afirmou.
Ele disse que os negócios não foram abalados pelas denúncias e investigação. Detalhou que 70% da receita vieram da área de geração de energia (projetos hidrelétricos, eólicos e de transmissão); 15% de transporte, como metrô e VLT (veículo leve sobre trilhos) e 15% de grid (serviços). Segundo o executivo, a área que mais cresceu foi a de transporte — cerca de 50% —, puxada por obras de VLT.
Costa informou que a empresa, com 13 unidades fabris no Brasil e mais de 5 mil funcionários, vai continuar investindo no país. Nos últimos cinco anos, aplicou R$ 450 milhões, direcionados em novas unidades das áreas eólicas, hidrelétrica, transporte (fábrica de VLT em Taubaté-SP) e em grid (compra de duas empresas).
Sobre as investigações de sua participação no cartel do metrô de São Paulo, afirmou que a imagem da empresa foi afetada por estar há quase um ano na mídia acusada de práticas ilícitas em contratos do governo paulista nas licitações para o metrô.
“Estamos cooperando com os organismos nas investigações e, no fim do processo, vamos tomar as medidas cabíveis para as denúncias feitas à empresa”, disse Costa. “A Alstom é uma empresa séria e não pratica nenhum tipo de conduta ilegal”, afirmou.
Fonte: Valor Econômico, 18/06/2014
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