Os conselheiros do Conselho Municipal para o Desenvolvimento Sustentável (Comudes) aprovaram nesta quarta-feira (25), durante assembleia em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, um novo projeto viário que substitui o Corredor Logístico. O projeto alternativo que dispensa a necessidade do Corredor Logístico é o traçado alterado da EF 118 – Ferrovia Translitorânea que ligará os Portos do Rio de Janeiro e de Vitória-ES.
O traçado foi elaborado por empresa de consultoria técnica que aproveitou trabalho realizado por técnicos da Prefeitura de Campos para contemplar a região com passagem por fora da cidade, bem como evitando conglomerados urbanos na Baixada Campista.
A realização do projeto executivo da Ferrovia terá a participação dos governos do Estado do Rio e do Espirito Santo, tendo em vista que a partir de Vitória a EF 118 terá ligação com a Ferrovia Vitória-Minas, proporcionando o transporte de cargas dos empreendimentos do Norte Fluminense para os portos do Praia Formosa (Rio), Tubarão (Vitória) e para os mercados consumidores de Minas (Belo Horizonte e para o Centro Oeste do Brasil.
“Desde 2009 estamos defendendo na ANTT e no Ministério dos Transportes um projeto alternativo ao que foi apresentado na ocasião pela LLX, para que o então Corredor Logístico não separasse o distrito de Ururaí e a localidade da Tapera da cidade, nem seccionasse estradas importantes da Baixada Campista e nem isolasse comunidades. Hoje demos um importante passo, porque conseguimos um projeto alternativo, que foi aprovado pela representação da sociedade aqui no Comudes e agora vou comunicar a decisão ao ministro, para que sejam realizados os estudos de forma a viabilizar o projeto executivo”, explicou a prefeita Rosinha Garotinho.
Durante a assembleia do Comudes, dirigentes de entidades da sociedade civil fizeram indagações sobre detalhes do projeto, a exemplo de Geraldo Hayen Coutinho, diretor da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), que buscou saber se o trecho da ferrovia no distrito de Tocos seria contemplado com a rodovia. Também se pronunciou o empresário Ricardo Vianna, do estaleiro BR-Offshore.
Ele sugeriu que o projeto considere a necessidade do modal passageiros, tendo em vista que nos próximos oito anos o Complexo Logístico Farol-Barra do Furado terá demandas de transporte de 10 milhões de toneladas de cargas e em torno de 8 a 10 mil.
Fonte: G1 Norte Fluminense, 25/06/2014