A Aenfer convidou o engenheiro Fernando Peregrino para participar do ciclo de Palestras Técnicas. Ele abordou o tema: “Por que os governos falham?” Pergunta que virou tese de Doutorado na Engenharia de Produção da Coppe/UFRJ.
A palestra aconteceu no dia 06 de agosto e foi aberta pelo presidente da Aenfer Luiz Euler e pelo vice-presidente Jorge Ribeiro.
Segundo o palestrante que é mestre e doutor em Engenharia de Produção pela Coppe/UFRJ, embora os governantes queiram acertar, independente do partido político a que pertençam, há ainda muitas falhas. Para entender melhor, Peregrino sentiu que era preciso se aprofundar mais no assunto e estudar outras disciplinas. Segundo ele, essas falhas não são de um partido nem de um governante, são falhas inerentes ao processo social.
“Precisei estudar outras disciplinas, que não fosse engenharia, porque não respondiam as minhas indagações e quem responderia seria o processo de formação do nosso povo, das políticas públicas”, disse.
Consultor da Coppe, o engenheiro tem experiência na área política, é ex-secretário de Estado, ex-secretário de Ciência e Tecnologia e um dos fundadores da Escola de Política Pública de governo da UFRJ. Ele disse que todos os estados sempre viveram um conflito entre o direito individual e social, entre o liberalismo e a participação social na distribuição das riquezas.
Peregrino disse que o estado vive como instituição que controla e conduz o destino de uma nação e citou alguns exemplos, como a crise de 1929 que afetou o Brasil, originou a crise do capitalismo, mas que gerou a partir daí, políticas do estado chamadas políticas públicas. Lembrou também dos anos de 1980 e a crise fiscal, o fim da Guerra Fria e a queda do muro de Berlim.
A formação do estado brasileiro
Para o engenheiro, o estado se formou praticamente na época do governo Getúlio Vargas porque, até então, não tínhamos Ministérios, não tinha legislação e serviços públicos ordenados.
“Eu vejo que o estado brasileiro tornou-se burocrático e ineficiente, que o mito da privatização não levou à eficiência, e, ao contrário, tornou o estado repleto de leis, e menos serviços ao cidadão”, ressaltou.
Para dar um exemplo, Peregrino disse que dos anos 2000 a 2010, foram criadas 75 mil leis federais e estaduais. Esses números, segundo ele, comprovam uma vaidade de se fazer leis e não cumpri-las.
O palestrante acredita sermos uma sociedade voltada para a exportação e o exemplo disso está desde o início quando exportávamos pau-brasil, seguindo com o café e a cana-de-açúcar. Hoje não há diferença e continuamos exportando minério de ferro para importar aço, e petróleo para exportar a gasolina. Para ele, tivemos um processo de independência muito singular, o que marca a nossa história e nossos ancestrais, que voltam-se para fora e não para si próprios e um país que não foi fruto de uma luta nacional.
Uma das falhas do governo pontuadas pelo palestrante é a falta de uma política de médio e longo prazo. Para ele, o Congresso discute políticas imediatistas e em geral coisas ilegítimas. Segundo ele, a troca financeira agrava o problema.
Disse ainda que não se faz uma política pública de educação e, por isso, somos um povo despreparado.
“Não conseguimos adotar tecnologias e modernizar-nos”, completou.
Ao final da apresentação o engenheiro respondeu alguns questionamentos da plateia e ressaltou que é preciso ter autonomia para pensar e se pronunciar criticamente, usar a principal ferramenta que é a educação.
A palestra aconteceu no dia 06 de agosto e foi aberta pelo presidente da Aenfer Luiz Euler e pelo vice-presidente Jorge Ribeiro.
Segundo o palestrante que é mestre e doutor em Engenharia de Produção pela Coppe/UFRJ, embora os governantes queiram acertar, independente do partido político a que pertençam, há ainda muitas falhas. Para entender melhor, Peregrino sentiu que era preciso se aprofundar mais no assunto e estudar outras disciplinas. Segundo ele, essas falhas não são de um partido nem de um governante, são falhas inerentes ao processo social.
“Precisei estudar outras disciplinas, que não fosse engenharia, porque não respondiam as minhas indagações e quem responderia seria o processo de formação do nosso povo, das políticas públicas”, disse.
Consultor da Coppe, o engenheiro tem experiência na área política, é ex-secretário de Estado, ex-secretário de Ciência e Tecnologia e um dos fundadores da Escola de Política Pública de governo da UFRJ. Ele disse que todos os estados sempre viveram um conflito entre o direito individual e social, entre o liberalismo e a participação social na distribuição das riquezas.
Peregrino disse que o estado vive como instituição que controla e conduz o destino de uma nação e citou alguns exemplos, como a crise de 1929 que afetou o Brasil, originou a crise do capitalismo, mas que gerou a partir daí, políticas do estado chamadas políticas públicas. Lembrou também dos anos de 1980 e a crise fiscal, o fim da Guerra Fria e a queda do muro de Berlim.
A formação do estado brasileiro
Para o engenheiro, o estado se formou praticamente na época do governo Getúlio Vargas porque, até então, não tínhamos Ministérios, não tinha legislação e serviços públicos ordenados.
“Eu vejo que o estado brasileiro tornou-se burocrático e ineficiente, que o mito da privatização não levou à eficiência, e, ao contrário, tornou o estado repleto de leis, e menos serviços ao cidadão”, ressaltou.
Para dar um exemplo, Peregrino disse que dos anos 2000 a 2010, foram criadas 75 mil leis federais e estaduais. Esses números, segundo ele, comprovam uma vaidade de se fazer leis e não cumpri-las.
O palestrante acredita sermos uma sociedade voltada para a exportação e o exemplo disso está desde o início quando exportávamos pau-brasil, seguindo com o café e a cana-de-açúcar. Hoje não há diferença e continuamos exportando minério de ferro para importar aço, e petróleo para exportar a gasolina. Para ele, tivemos um processo de independência muito singular, o que marca a nossa história e nossos ancestrais, que voltam-se para fora e não para si próprios e um país que não foi fruto de uma luta nacional.
Uma das falhas do governo pontuadas pelo palestrante é a falta de uma política de médio e longo prazo. Para ele, o Congresso discute políticas imediatistas e em geral coisas ilegítimas. Segundo ele, a troca financeira agrava o problema.
Disse ainda que não se faz uma política pública de educação e, por isso, somos um povo despreparado.
“Não conseguimos adotar tecnologias e modernizar-nos”, completou.
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