Você já imaginou passar o carnaval observando os trens de sua região? Essa é a proposta de um apaixonado por trem………
Sabe o que bancário Paulo Sotelo Calvo, 44 anos, vai fazer no Carnaval? Descansar em algum resort? Micareta? Praia? Trabalhar? Errou quem pensou em alguma dessas opções. Ele vai passar o feriado observando trens na região. Isso mesmo, ao lado dos trilhos das cidades na companhia de amigos. Tudo por causa do gosto pelas ferrovias e locomotivas. Isso fez com que ele transformasse parte de sua casa na sua “própria estação ferroviária”. Não pela forma, mas pela quantidade de miniaturas de trens que ele preserva. No total, são cerca de cem itens, entre vagões e locomotivas de diversas companhias nacionais e internacionais. Não são só miniaturas decorativas. Elas funcionam e andam em cima dos trilhos de maquete, movidas à energia elétrica. Assim como nos trens convencionais, o motor da locomotiva puxa o restante dos vagões, com a diferença de substituir o diesel pela energia elétrica e a carga de toneladas por gramas. A maquete do bancário, ainda em fase de construção, comporta duas locomotivas. Por isso, a maior parte da coleção ainda fica em caixas, por falta de espaço. “O sonho de todo colecionador é ter uma maquete cada vez maior. Essa comecei há um ano e meio; ainda não terminei por falta de tempo. Enquanto isso fui comprando mais itens para minha coleção. O problema é que não tenho como expô-los devido à falta de espaço”, afirmou. Com a maquete já cheia de vagões e locomotivas, o restante das miniaturas é guardado na caixa original para que não sofram arranhões. “Na verdade, o ferromodelismo é uma ponta do meu gosto por ferrovia. É uma maneira de materializar isso aqui em casa. Sempre que sai alguma coisa nova eu compro”, disse. Sua paixão ‘ferroviária’ surgiu ainda na infância, quando aos sete anos de idade ganhou um ferrorama. Depois passou a conhecer os trens elétricos, que são miniaturas fiéis dos originais. Aos 14 anos, com o dinheiro da mesada que ganhava dos pais, comprou seu primeiro item da coleção, uma locomotiva da Fepasa. “O que me conquistou foi a máquina, a força que ela tem, a engenharia que existe por trás dela. Não tenho parente que trabalha com trem, nem conhecido. Difícil explicar esse gosto”, afirmou.
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Para adquirir itens para o acervo de miniaturas, ele chegou a gastar todo o dinheiro de uma diária que recebeu para fazer um curso em São Paulo. “Passei na loja e não tive dúvidas. Foi embora toda a grana da diária”, disse. Como bom admirador de trens, além das miniaturas, o bancário também guarda DVDs relacionados à área e recortes de jornais, exceto das grandes tragédias ferroviárias. Também mantém um canal no Youtube no qual posta seus vídeos de locomotivas. Criou um site para contar a história da Estrada de Ferro Araraquarense (EFA), ferrovia que trouxe o progresso para a região no início do século 20. Outro hábito que faz questão de manter é o de andar em trens de passageiros, quase que extintos no Brasil. Para isso, viaja até Belo Horizonte, onde embarca em um trem até Vitória, trajeto de 10 horas. “Também gosto muito de observar e fotografar. No Carnaval mesmo, marquei com amigos para fazermos isso. Devemos ir próximo a Bálsamo e Santa Fé do Sul.
Fonte: diarioweb.com.br
Fotos: Guilherme Baffi |