Os trilhos da FNS (Ferrovia Norte-Sul), entre Palmas (TO) e Anápolis (GO), foram aprovados em uma inspeção realizada para verificar possíveis problemas no trecho. Os ensaios foram realizados por uma empresa contratada pela Valec, por determinação do Ministério dos Transportes. O objetivo foi verificar, de forma conclusiva, as condições da ferrovia e, se encontradas, como as falhas poderiam comprometer o nível de segurança operacional da mesma.
Para a avaliação dos trilhos, eles passaram por uma série de testes, que vão desde a verificação visual e inspeção por ultrassom até ensaios laboratoriais de massa, dimensional, dureza, tração e alongamento.
Ao fim dos trabalhos, dois relatórios finais foram produzidos. Um foi produzido em campo e o outro, após análises laboratoriais. Conforme a Valec, ambos afirmaram que os resultados obtidos atendem às especificações da estatal, e que “todos os lotes considerados estão de acordo com o esperado pelo tipo de material e sua aplicação” e que “não haverá comprometimento à segurança e à vida útil do trilho”.
Ensaios complementares realizados pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) apontaram, ainda, que os trilhos adquiridos pela Valec na construção do trecho atendem tecnicamente à demanda de tráfego da Ferrovia Norte-Sul.
O trecho de Palmas a Anápolis tem 855 quilômetros de extensão. As obras foram concluídas e entregues em 22 de maio de 2014 e executadas pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), num total de R$ 4,2 bilhões.
No dia 18 de fevereiro, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) autorizou a operação comercial da FNS entre Gururpi (TO) e Anápolis (GO). A Valec fará acordos comerciais com empresas habilitadas pela Agência para realizar o transporte de cargas. Os trens poderão circular a 40 km/h no trecho.
Conforme a estatal, as primeiras locomotivas da empresa VLI estão chegando ao pátio de Anápolis. Assim, com a conclusão da construção da tulha de embarque de farelo de soja da Granol, a expectativa é de que a operação tenha início em breve.
Fonte: CNT Notícias, 26/02/2015