A AENFER recebeu no dia 14 de maio o diretor de Engenharia, Gerenciamento e Desenvolvimento do MetrôRio Joubert Flores. O engenheiro é também presidente do Conselho Diretor da ANPTrilhos.
Convidado para participar do Ciclo de Palestras Técnicas promovido pela Aenfer ele trouxe como tema a Linha 4 do Metrô, assunto que atraiu um público de vários segmentos da sociedade, como estudantes, arquitetos, geólogos, além dos engenheiros que ouviram atentamente o assunto proposto pela Diretoria da Aenfer.
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Há 41 anos trabalhando no Metrô, com vasta experiência no ramo, o engenheiro falou primeiro sobre a política da expansão do metrô do Rio de Janeiro e lembrou que muitos investimentos são feitos, sendo que, desde 1998, a empresa é uma concessão e que o governo do Estado é quem faz o planejamento e programa nessas expansões.
O Metrô foi fundado em 1968 e até 1975 as obras foram muito lentas. Em 1979 o Metrô começou a operar num trecho que ia da Praça Onze até a Glória, ou seja, com 5 estações e operação. Em 1997 o Estado fez uma concessão de operação e concessão, por 20 anos, prorrogáveis por mais 20 anos.
Ele informou que para tentar melhorar a prestação do serviço, a empresa contratou desde o início um projeto conceitual para tentar mostrar quais são as possíveis extensões. Disse que fazer uma extensão Estácio-Carioca é uma necessidade para desafogar a Central e permitir que atenda a linha 2 que continua reprimida. Ele ressaltou que essa sugestão foi dada ao Estado.
Segundo Joubert Flores, atualmente existe uma demanda nas três estações de Copacabana com cerca de 50 mil pessoas por dia. Em sua opinião, se houvesse feito embaixo da Av. Copacabana como é em qualquer lugar do mundo, talvez houvesse uma maior demanda, atendendo cerca de 200 mil pessoas por dia. O engenheiro disse que o Estado tem três ofertas para estudar sugeridas pelo Metrô.
Linha 3 X BRT
Sobre a Linha 3, informou que houve um problema de licitação no Tribunal de Contas e por conta disso, o projeto foi alterado para que se colocasse um monotrilho, podendo ser também utilizado um VLT.
Quanto a opção de um BRT, Joubert foi cauteloso em discutir o tema e disse que é preciso ter cuidado. Para ele, evidente que a classe ferroviária acredita que o transporte sobre trilhos é a melhor solução. Ele entende que o transporte sobre trilhos não trabalha sozinho e tem espaço para todos os modais, mas reconheceu que é difícil o governo entender que um projeto de ferrovia é um projeto de longo termo e deixou uma pergunta no ar: “Por uma fração de investimento coloca-se o BRT, mas quem vai cuidar dessa infraestrutura”?
Ele lembrou ainda que o trem tem um tempo de vida útil de 30 anos enquanto que o ônibus é em torno de 5 anos.
Linhas 1 e 2
O engenheiro falou sobre os intervalos das linhas 1 e 2, um assunto muito discutido e criticado, pois muitos acreditam que esse tempo poderia ser reduzido. Mas explicou que qualquer sistema tem um limite de capacidade. Segundo ele, não adianta colocar mais trens para diminuir o intervalo porque não é assim que funciona. Existem obstáculos como curvas, sinalização, etc.
Em 2007, a empresa negociou com o estado para fazer a expansão da rede, como o estado não tinha recurso foi negociado para que fosse antecipada a renovação, baseado num plano de investimento que ele propôs. Esse plano envolvia a expansão da Linha 1, a construção da estação Uruguai, a compra de 19 trens e mais uma série de investimentos, por isso a concessão vai até 2038.
ANPTrilhos
Como o engenheiro é presidente do Conselho Diretor da ANPTrilhos, Joubert falou sobre a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos. Disse que é formada praticamente por todas as operadoras de trem de passageiros sobre trilhos, com a ideia de tentar mostrar que é uma alternativa viável e além disso tentar fazer acontecer as ações de governo que possam facilitar na operação.
Linha 4
Segundo Joubert, a Linha 4 surgiu por conta dos eventos que aconteceram como a Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo e foi necessário fazer uma série de alterações na operação para atender a demanda.
Ele lembrou que a Jornada Mundial da Juventude no primeiro dia foi um insucesso, com a interrupção do sistema por duas horas. Apesar dos contratempos, disse que o Metrô atendeu um grande número de pessoas que chegaram até Copacabana em comparação ao réveillon, e sem acidentes. Foram cerca de 3 milhões de pessoas durante a missa do Papa, a maior operação da história do MetrôRio desde 1978 e um número equivalente a 5 festas de Réveillon, em apenas uma semana.
O engenheiro mostrou o histórico da Linha 4
Em 1997 aconteceu a licitação da linha 4, vencida pelo consórcio Rio Barra (CRB);
Em 2007 a Rio trilhos iniciou o estudo para alteração do traçado da linha 4;
Em 2012 a Invepar ( grupo brasileiro que atua no segmento de infraestrutura em transportes) assina o contrato de locação de equipamentos e sistemas. MetrôRio assina contrato de operação e manutenção da linha 4 e compartilhamento de receita;
2016 – inicio da operação da linha 4;
2036 – final do prazo da concessão
Contexto da linha 4
- Conexão da Zona Oeste (Barra) à Zona Sul
- Serão retirados mais de 2 mil carros por hora/pico
- Mais de 300 mil pessoas por dia serão beneficiadas
- O tempo de viagem entre Barra e Centro passará de mais de 2h para pouco mais de 30 min
Localização estratégica
Único modal de alta capacidade conectando a Zona Oeste (Barra) com a Zona Sul.
Potencial de expansão para o Centro e Zona Norte através de Gávea
Potencial de expansão para Zona Oeste através de Jardim Oceânico
Ao final de sua apresentação, muitas perguntas foram feitas ao palestrante, assim como muitas sugestões e questionamentos. A Diretoria da Aenfer agradeceu pelo trabalho apresentado e por sua disponibilidade de ter aceitado o convite. O engenheiro recebeu um certificado de participação e também agradeceu pela oportunidade de estar mostrando o trabalho da Linha 4.
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