O ano de 2016 inicia com expectativas positivas relacionadas ao setor ferroviário brasileiro, mas, também, deixando saudade.
No dia 24 de janeiro, aos 103 anos, faleceu, por causas naturais Alfredo Sarmento, cidadão que integrou o primeiro grupo de engenheiros da Administração Geral da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima, desde o início de suas atividades em 1957. Foi engenheiro fundador da extinta RFFSA.
“Ele era um apaixonado por ferrovias e pela natureza, ministrava aulas sobre Proteção de Recursos Naturais. Trabalhou na Superintendência de Engenharia desempenhando diversas atividades, como no Departamento de Via Permanente, elaborou termos de referência, normas e procedimentos para fabricação, inspeção, recebimento e manutenção de dormentes de madeira”, conta seu filho, Wellington Sarmento, também engenheiro.
Funcionário da RFFSA ao longo de 40 anos, o engenheiro prestou serviços de transporte ferroviário, atendendo diretamente a 19 unidades da Federação, em quatro das cinco grandes regiões do País, operando uma malha que, em 1996, compreendia cerca de 22 mil quilômetros de linhas (73% do total nacional).
Sarmento foi um estudioso de sua área de atuação, mantendo relações com ferroviários no Brasil e no exterior. Também foi responsável pela implantação das Usinas de Tratamento de Dormentes de madeira em todo território nacional.
Resolver problemas complexos com tranquilidade e muita coragem era uma de suas principais marcas”, ressalta o filho. Sempre dedicado ao trabalho, o engenheiro Alfredo ainda encontrava tempo para se deleitar na companhia de seus familiares com quem tinha como predileção encontros e reuniões. Motivados pela paixão do pai, hoje em dia, dois de seus filhos também se dedicam ao setor metroferroviário.
O engenheiro alcançou uma idade que poucos conseguem alcançar, ultrapassando os 100 anos e deixando um legado de muito trabalho que marcou a história da extinta Rede Ferroviária Federal.
Fonte: Ministério dos Transportes/ABIFER: 11/02/2016