O presidente da federação nacional das indústrias do Japão (Keidanren), Sadayuki Sakakibara, cobrou do Brasil um ambiente de investimento mais aberto, com redução de tarifas e custos, melhor ambiente de trabalho e infraestrutura.
Em discurso que antecedeu um almoço com o presidente Michel Temer, ministros e empresários brasileiros e japoneses no Keidanren, ele disse esperar que o Brasil consiga aprovar reformas tributária, política, previdenciária e trabalhista.
Temer se reuniu com os empresários para apresentar o programa de concessões e tentar atrair investimentos japoneses.
Ao mesmo tempo, procurou assegurar o empresariado daquele país de que as condições econômicas e políticas do Brasil serão estabilizadas.
Há hoje cerca de 700 empresas japonesas no Brasil e nos últimos anos houve um crescimento dos investimentos, parte deles em áreas que sofreram com a crise da Petrobras, como a indústria naval.
Entre 2003 e 2016, o Japão foi o sexto maior investidor em novos projetos (greenfield) no Brasil, com quase US$ 20 bilhões, 5,8% de todo o investimento no período.
O país superou a China na aplicação de recursos em atividades produtivas brasileiras —seu rival asiático investiu US$ 15 bi. Já os EUA, primeiro do ranking, investiram US$ 79 bilhões no Brasil, 23% do total.
A maior parte do investimento japonês foi feita no setor automotivo (US$ 7 bi) e em papel e celulose (quase US$ 3 bi).
Siderurgia, logística, máquinas e equipamentos e eletrônicos também receberam recursos acima de R$ 1 bilhão entre 2003 e 2016.
Fonte: Folha de São Paulo, 19/10/2016
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