A Light entrou com pedido de falência da SuperVia, empresa que opera o serviço de trens urbanos na região metropolitana do Rio, por causa de uma dívida de R$ 38 milhões.
O pedido foi feito à Justiça do Rio na tarde de ontem, 19. O caso foi distribuído para a 4ª Vara Empresarial do Rio.
Segundo a Light, o débito foi formado depois de a concessionária de trens ter assinado um parcelamento da dívida em juízo no primeiro semestre deste ano.
Ainda de acordo com a empresa, o parcelamento de cerca de R$ 1 milhão por mês está sendo pago, no entanto, a conta normal de consumo mensal não é quitada há quatro meses.
O consumo de energia da SuperVia equivale ao fornecimento para todo o Leblon, bairro na zona sul do Rio, ou todo o município de Nilópolis, de acordo com a distribuidora.
A Light diz que cumpriu todos os procedimentos de cobrança e regulatórios anteriores ao pedido de falência, bem como realizou diversas reuniões com a SuperVia em busca da efetiva regularização do fluxo de pagamentos.
“A empresa adotou esta medida após esgotar todas as possibilidades de negociação”, diz em comunicado.
Já a SuperVia informa que não recebeu qualquer notificação a respeito deste tema e vê com surpresa a manifestação pública da Light “uma vez já está marcada para o próximo mês audiência de conciliação entre a concessionária, a distribuidora de energia e o governo do estado do Rio de Janeiro para uma negociação entre as partes”.
A concessionária de trens diz que as dívidas existentes com a distribuidora são fruto de reajustes da tarifa de energia por índices muito acima da inflação, que ocorreram nos últimos anos.
A SuperVia ressalta ainda que tem cumprido o acordo já firmado com a Light para o escalonamento das dívidas e que existe uma decisão judicial proibindo qualquer corte no fornecimento de energia para o sistema de trens urbanos do Rio de Janeiro, considerado um serviço de utilidade pública.
A SuperVia é controlada pela Odebrecht TransPort. Segundo o site da concessionária, são transportados, em média, 700 mil passageiros por dia útil.
Fonte: Exame, 21/12/2016
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