Trem descarrila, atinge imóveis e derruba carga de soja

São Paulo – Um trem de carga sofreu descarrilamento parcial, na manhã desta segunda-feira, quando transitava pelo trecho urbano da ferrovia, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Os dois últimos vagões da composição saíram dos trilhos e um deles tombou, espalhando a carga de soja sobre a linha férrea e na rua General Glicério, região central da cidade.

Duas construções sem moradores foram atingidas e tiveram a estrutura comprometida, segundo a Defesa Civil do município. Os imóveis passarão por avaliação após a retirada dos vagões. A região é movimentada e duas ruas foram interditadas para a remoção dos vagões e da carga.

Os vagões descarrilados derrubaram um poste de iluminação e parte do muro de proteção construído após um grave acidente com outro trem, ocorrido em novembro de 2013. Na ocasião, uma composição carregada com milho saiu dos trilhos e atingiu várias casas, causando a morte de oito pessoas. Desta vez, segundo a Defesa Civil, ninguém ficou ferido.

Trem descarrilou e carga de soja se espalhou por pista Reprodução/ TV Tem

 

De acordo com a empresa Rumo, a composição seguia com a carga de soja do Estado de Mato Grosso em direção ao Porto de Santos (SP), quando aconteceu o descarrilamento. No início da tarde, equipes da concessionária ainda trabalhavam na remoção dos vagões e da soja espalhada. A empresa informou que vai apurar as possíveis causas do acidente e adotar medidas para recompor a segurança no trecho afetado.

O prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (PMDB), vistoriou o local do acidente e disse que a passagem de composições de carga pela área urbana representa sério risco. “Tratamos disso com o presidente Michel Temer na última sexta-feira, quando da visita dele a Rio Preto, e temos esperança de ver o contorno ferroviário incluído na proposta de renovação do contrato de concessão da ferrovia”, afirmou.

A proposta do contorno para desviar a malha da área urbana já foi apresentada à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “Como a obra não sai a curto prazo, estamos convocando a Rumo para discutir medidas de segurança que evitem novos acidentes”, concluiu Edinho Araújo.

Fonte: Estadão, 27/03/2017

 

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