A velocidade média comercial das ferrovias brasileiras caiu 21% em uma década. Os trens transportando carga, que andava em média a 20,6 km/h no ano de 2007 passaram a trafegar, em média, a 16,4 km/h no ano passado, aponta dados do Anuário do Setor Ferroviário, documento produzido pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), responsável pela regulação do setor. A Agência iNFRA publicará ao longo da semana dados sobre o anuário.
Das 12 malhas concessionadas pesquisadas, 10 tiveram queda no período. Apenas a Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM), da Vale, e a Ferrovia Tereza Cristina, em Santa Catarina, tiveram aumento de velocidade no período, subindo 29% e 17% respectivamente.
As malhas que tiveram as maiores quedas são as da Rumo, concessionária das ferrovias no Sul, Centro-Oeste e Sudeste do país. A Malha Norte, que liga o Cento-Oeste a São Paulo, teve a maior queda, com a velocidade caindo de 32,5 km/h para 12,5 km/h. No trecho dentro de São Paulo (chamado de Malha Paulista), a queda foi de 21,5 km/h para 12,2 km/h. É por essas duas ferrovias que são transportados os produtos agrícolas vindos do Centro-Oeste para exportação no Porto de Santos (SP).
A maior velocidade alcançada numa ferrovia no país é a da Vitória-Minas, com 27,6 km/h. A Transnordestina e a Malha Oeste da Rumo têm velocidades médias abaixo dos 10 km/h. Quanto mais baixa a velocidade, maior o custo operacional e consequentemente, maior o custo ao consumidor que precisa usar essas ferrovias.
Conforme dados de outro anuário, do Ministério dos Transportes, o custo do frete ferroviário no país tem aumentado nos últimos cinco anos e não caiu sequer com a crise. As empresas alegam que são necessários investimentos para aumentar a velocidade da malha, o que só pode ser feito com a renovação antecipada dos contratos, que vencem na próxima década e não previam melhorias na via.
Fonte: Agência Infra, 10/07/2017
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