O ex-secretário de Fazenda do Rio, Julio Bueno, e o atual titular da pasta de Transportes, Rodrigo Vieira, foram ouvidos nesta segunda-feira (13) como testemunhas de defesa de Sérgio Cabral (PMDB) em audiência ao juiz Marcelo Bretas. A denúncia é resultado da delação premiada da Carioca Engenharia, que revelou atos de corrupção em obras como o Arco Metropolitano e a Linha 4 do Metrô.
São 10 réus, denunciados por receber quase R$ 47 milhões de propina em troca de fraudes em licitações e superfaturamento de obras públicas, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF).
A defesa de Cabral nega as acusações e afirma que ele não recebeu dinheiro de propina – somente de sobras de campanha. Segundo o MPF, a propina foi paga através de caixa dois em pelo menos três grandes obras: PAC, Arco Metropolitano e Linha 4 do Metrô.
Nelas, narra o MPF, houve formação de cartel, fraude de licitação e lavagem de dinheiro. As propinas seriam pagas mensalmente entre março de 2008 e abril de 2014. A “mesada” de Cabral seria de R$ 500 mil.
De acordo com a força-tarefa, também era cobrada da Carioca Engenharia uma propina de 1% apelidada de taxa de oxigênio.
Fonte: Globo.com, 13/11/2017