Uma verdadeira aula sobre sinalização e comunicações fechou o ciclo de palestras técnicas da Aenfer de 2017 com o diretor de Desenvolvimento de Negócios em Transportes da Thales Group, engenheiro Thomaz D’Agostini Aquino. Ele falou sobre Soluções Metroferroviárias de Sinalização e Comunicações “Implementing a World Class Network”.
Em sua explanação, o engenheiro lembrou que na década de 1990 a Europa trabalhava com 32 sistemas diferentes de sinalização metroferroviária, fato esse que dificultava a comunicação. Hoje, esse número reduziu praticamente para um só sistema.
Thomaz Aquino mostrou um tipo de sistema de sinalização, o CBTC, que é totalmente automatizado, À prova de falhas, baseado na tecnologia de blocos móveis, em operação há mais de 30 anos. Dentre suas vantagens estão a redução do intervalo entre trens, otimização dos investimentos e tempos de implantação, dá maior flexibilidade, independente do tipo de trem. Além dessas vantagens, o CBTC, que traduzindo significa Controle de Trens Baseado em Comunicação, permite operar 24 horas por dia e otimiza os tempos de implementação e os investimentos em obra civil, trens, subestações e via permanente.
Os baixos custos operacionais e de manutenção, segundo o engenheiro, são um atrativo que leva a um baixo investimento de capital. O palestrante citou exemplo de alguns países que utilizam esse sistema e que sentiram uma grande economia de energia. No metrô de Istambul um aumento de 4% no tempo de viagem significou uma redução de 20% no consumo de energia, o que significa uma economia anual de cerca de US$ 1 milhão.
Em Hong Kong há economia de US$ 2 milhões por ano em energia, graças à instalação do sistema CBTC.
CBTC é mais que uma tendência, sendo já uma preferência mundial em tecnologia de sinalização, para sistemas urbanos sobre trilhos/guiados, disse o engenheiro.
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