Vagões hopper HAD (bitola métrica) e HAS (bitola larga) da VLI, voltados para a manutenção de via, contam agora com comportas automáticas para a descarga de lastro. A tecnologia é fruto de uma parceria entre a concessionária e a Super Metal. O sistema, operado por controle remoto, elimina a necessidade de seis profissionais que antes acionavam manualmente as comportas para a liberação da brita, explica João Silva Junior, gerente geral de Engenharia Ferroviária da operadora.
Dos cerca de 200 vagões que formam uma frota cativa utilizada apenas para a manutenção de via, um terço já contam com esse sistema. O projeto começou em 2017 e até agora já foram investidos pela operadora R$ 7 milhões. A expectativa é instalar o equipamento em 100% da frota até 2023, a um custo de R$ 23 milhões. Antes de chegar nessa solução, a VLI identificou alternativas no exterior, mas que eram caras e exigiam um elevado grau de adaptação dos vagões, diz o gerente.
Alguns vagões da Vale contam com sistema semelhante, fornecido por uma empresa norte-americana, a Miner.
Mas para nós tornou-se inviável, pois exigia uma mudança profunda na caixa dos vagões. Em vez de adaptarmos nosso ativo, atuamos para ter um recurso que atendesse à nossa frota. Alcançamos esse objetivo com a Super Metal, que já é nosso fornecedor há 10 anos. Tornamos a atividade mais eficiente e ainda estimulamos a indústria nacional no desenvolvimento de um dispositivo que pode atender a todo o mercado. Além disso, contamos com um processo bom de pós-venda, ressalta Junior.
Segundo o especialista em Via Permanente da VLI, Helder Torres, o aumento da eficiência e a eliminação de riscos operacionais com o novo processo de descarga de lastro proporcionaram uma economia de R$ 60 milhões desde que o sistema começou a ser implementado. A mudança reduz o tempo de serviço em 40%, afirma Torres.
Cada vagão conta com quatro comportas automáticas, com duas portas cada, que abrem para dentro e para fora da via simultaneamente. Isso proporciona uma descarga rápida e uniforme, conta Junior. Os vagões com as comportas automáticas estão sendo utilizados nos trechos ferroviários em Tocantins,Maranhão, Minas Gerais e São Paulo.
O diretor da Super Metal, Bernardo Zeferino Lucas, diz que o projeto com a VLI trouxe expertise para esse tipo de solução. No momento, a empresa está negociando o dispositivo com outras operadoras de carga. Segundo ele, a empresa, que oferece desde equipamentos de grande porte para manutenção de via até implementos para a troca de dormentes e manutenção de trilhos, dobrou de tamanho nos últimos três anos. A expectativa é boa e com as renovações dos contratos a tendência é que os investimentos destravem, conclui.
Fonte: Revista Ferroviária, 22/01/2020
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