A questão ambiental é um dos principais diferencias das ferrovias frente a outros modais. As emissões de dióxido de carbono (CO2) e monóxido de carbono (CO) dos trens de carga são muito inferiores às dos caminhões. Esses gases liberados pela queima dos combustíveis fósseis são responsáveis pelo aumento do efeito estufa, que causa mudanças climáticas, como a estiagem, que pode ocasionar a seca e até a desertificação de áreas produtivas, sem contar os problemas de saúde na população.
Segundo estudo elaborado no início da década pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), as emissões do transporte de carga somaram 67,95 milhões de toneladas de dióxido de carbono. O modal rodoviário respondeu pela emissão de 62,5 milhões de toneladas de CO2, equivalente a 92% do total. As emissões de CO2 pelo transporte ferroviário foram de 3,4 milhões de toneladas, somente 5% do total.
Além disso, é importante lembrar que os vagões de carga contam com uma capacidade maior de transporte, diminuindo o número de caminhões que transitam nas estradas e nos centros urbanos. Um vagão transporta 100 toneladas contra as 28 toneladas de capacidade de um caminhão. Ou seja, cada vagão movimenta o volume de quase quatro caminhões. Na prática, um trem composto de 100 vagões substitui 357 caminhões.
Simultaneamente, as empresas associadas à ANTF desenvolvem uma série de ações de responsabilidade ambiental, como campanhas educativas junto à população do entorno de suas malhas ferroviárias e aos usuários de transporte rodoviário sobre as consequências de jogar e/ou depositar lixo nas vias, entre outras ações com as comunidades e colaboradores.
Fonte: ANTF