Rio – Durante décadas o carioca pede por uma reformulação no sistema de trens da SuperVia. Entre as maiores reclamações dos passageiros estão os intermináveis atrasos, o sistema de sinalização, a falta de conforto e as viagens longas. Em 2020, a concessionária decidiu começar uma mudança que promete deixar tudo isso para trás. A partir de segunda-feira o ramal Santa Cruz deixou de fazer o serviço expresso e realiza, a partir de agora, apenas a operação parador desde a estação final até a Central do Brasil.
A alteração no percurso é feita com a descontinuidade do ramal Deodoro e, com isso, a linha que atende à Zona Oeste opera também para passageiros da Zona Norte. A SuperVia decidiu continuar com o serviço expresso apenas para quem utiliza o ramal Japeri, que vai para a Baixada Fluminense. Este segue com o percurso habitual, parando apenas nas estações São Cristóvão, Maracanã, Engenho de Dentro e Madureira, antes de Deodoro. A passagem segue com o valor de R$4,70.
Ambos os ramais, Santa Cruz e Japeri, têm históricos de superlotação, mas de acordo com a concessionária, a exclusão do ramal Deodoro é feita para que as composições não precisem mais aguardar pela sinalização para seguir com as viagens, já que não irão mais dividir o mesmo trilho. A informação dividiu opiniões nas redes sociais e usuários que precisaram do trem esta segunda-feira reclamaram que a mudança trouxe ainda mais atrasos para a operação do ramal Santa Cruz.
Ação coletiva
Uma Ação Popular foi aberta nesta terça-feira, na 13° Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por Victor Almeida, conhecido por administrar a página “Suburbano da Depressão”. Ele pede que a Justiça tome providências contra a integração do ramal Deodoro ao ramal Santa Cruz e explicações à Supervia sobre a mudança.
Ele divulgou um abaixo-assinado para que a ação pressione os magistrados que irão analisar o pedido.
Fonte: 09/06/2020