Agetransp notifica Metrô Rio

Agência diz que estado tem cinco dias para adotar medidas que evitem paralisação dos transportes. Metrô diz que só tem caixa para operar até o final do mês.

A Agência Reguladora dos Transportes Públicos do Estado (Agetransp) notificou o Metrô Rio para que o serviço não seja interrompido. A empresa alega prejuízo desde o início da pandemia por causa da queda do número de passageiros.

Com desequilíbrio nas contas, a concessionária informou ao estado sobre a situação eminente de colapso no transporte.

Segundo o Metrô Rio há caixa suficiente apenas para cobrir os custos do mês de agosto. Não há qualquer perspectiva de aumento no valor das passagens para cobrir esse prejuízo.

Com 80% de queda diária no transporte de passageiros – menos 18,6 milhões de embarques por mês – o Metrô Rio tem tido prejuízo mensal de cerca de R$ 35 milhões desde o início da pandemia.

O mesmo acontece com os trens da Supervia, que correm o risco de parar até o final deste mês.

A Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) destacou que pandemia afetou o transporte de alta complexidade – trem e metrô – em especial no Rio, onde não há qualquer subsídio do governo. 

Na segunda-feira (3) foi publicado no Diário Oficial do RJ pela Agetransp o seguinte texto: “A Agetransp vai notificar o Metrô Rio para que o serviço não seja interrompido. E o estado (poder concedente) deve adotar medidas para assegurar a continuidade em até cinco dias”.

Em nota, a agência reguladora disse que “a decisão do Conselho Diretor da Agetransp proíbe as concessionárias Metrô Rio e Supervia de suspenderam unilateralmente a prestação dos serviços aos usuários dos transportes do Rio de Janeiro. Pelo contrato em vigor, as empresas têm a obrigação de manter a continuidade dos serviços”.

A Secretaria Estadual de Transportes, em nota, disse que uma saída é o projeto de lei federal, que deverá ser votado na semana que vem em Brasília, que pretende destinar recursos públicos à mobilidade urbana nas cidades de regiões metropolitanas com mais de 350 mil habitantes.

Fonte: G1, 04/08/2020

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