Com muitas incertezas ainda pela frente, chegamos aos seis meses de isolamento social no Brasil, nestes tempos sem precedentes.
Vimos, neste período, várias ações de responsabilidade social por parte da indústria ferroviária brasileira, dentre outros setores da economia, mostrando quão resiliente e solidário é nosso setor.
Não paramos, com todas as precauções sanitárias tomadas, pois nossa indústria é essencial para que as concessionárias ferroviárias continuem seu inestimável trabalho de atender aos seus usuários, em que pese toda a dificuldade por que passam, em especial no transporte de passageiros sobre trilhos.
Por outro lado, desde 2019, nossa indústria atravessa momento de extrema ociosidade, que beira os 90%, mas que se espera seja arrefecida a partir de 2021 e, com isso, os empregos venham a ser retomados.
Não paramos também de inovar. Locomotivas 100% elétricas, movidas a bateria, já são uma realidade entre nós. O vagão double stack (que transporta contêineres empilhados) já se consolidou no mercado. Agora surge o vagão telescópico de lona, para transporte de fardos de celulose, com maior capacidade de carga e operação/manutenção facilitadas para seus usuários, já em produção comercial.
São alguns de vários exemplos que promovem melhorias de produtividade, com a finalidade precípua de oferecer às concessionárias maior competitividade.
Porém, se o País não implementar as urgentes reformas já propostas, nossas inovações tecnológicas, sozinhas, terão seus objetivos limitados.
Vemos novos tempos com otimismo, pois os projetos de marco regulatório do setor e de expansão da malha ferroviária, em andamento, são promissores para a sociedade e para o Brasil.
Urge, entretanto, que eles aconteçam!
Vicente Abate
*Presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER).
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