O Conselho de Administração do Metrô Rio aprovou, nesta terça-feira, captação de R$ 1,2 bilhão junto a investidores. A concessionária vai emitir títulos de dívida com vencimento em quase 11 anos, propondo pagar juros de até 6,8% ao ano além da inflação – balizada pelo IPCA e não pelo salgadíssimo IGP-M, que disparou 23,1% em 2020, diga-se. A captação vai ocorrer na sexta-feira.
A emissão tem como objetivo o refinanciamento de toda a dívida existente atualmente na estrutura de capital da empresa, permitindo-lhe que realize os investimentos planejados nos próximos anos, avaliou a agência de classificação de risco S&P.
Fitch: tráfego só volta ao nível de 2019 em 2023
A emissão já havia sido aprovada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), permitindo que os títulos de dívida (debêntures) sejam do tipo incentivado, proporcionando benefício tributário aos investidores.
A captação virá em boa hora: de janeiro a novembro de 2020, o número de passageiros pagantes do metrô carioca despencou 52% na comparação com o mesmo período de 2019, enquanto os custos recuaram apenas 4,2%.
Para piorar, a expectativa é que a retomada no pós-pandemia seja lenta: a agência de classificação de risco Fitch espera que o volume de passageiros só volte ao nível de 2019 em 2023.
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