Consórcio que arrematar Nova Ferroeste

Caberá ao consórcio que arrematar o direito de concessão da “Nova Ferroeste” decidir sobre o posicionamento geográfico dos terminais desse eixo ferroviário de 1.285 quilômetros projetado para ligar Maracaju, maior produtor de grãos do Mato Grosso do Sul e considerado marco zero do projeto, ao Porto de Paranaguá, em território paranaense.

Na semana passada, a Agência Estadual de Notícias do Governo do Paraná revelou que documento técnico sobre o modal foi apresentado em reunião na sede da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (PR), município tratado como centro logístico em função do terminal de transbordo já instalado, por onde devem passar 8 milhões de toneladas de grãos por ano.

“O estudo preliminar avaliou a existência de cinco terminais ao longo da ferrovia. Além de Cascavel, aparecem na sequência pela ordem de movimentação, os pontos de Maracaju, marco zero do projeto, com possibilidade de transbordo de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas/ano de grãos; Amambai (MS), com 4,5 milhões de toneladas/ano; Guaíra, com pouco mais de 4 milhões de toneladas/ano; e Foz do Iguaçu, com cerca de 2,5 milhões de toneladas/ano”, detalha a publicação.

Mais uma vez, Dourados não é citado, embora a classe política sul-mato-grossense tenha garantido recentemente que haverá um terminal no município.

Mencionado pela agência de notícias do governo paranaense, o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves, um dos coordenadores do projeto do novo eixo ferroviário, explicou durante o encontro em Cascavel que ainda não há uma definição fechada dos locais de instalação dos terminais.

“Segundo ele, quem vai decidir o posicionamento geográfico é o ente privado que arrematar a concessão”, informa a publicação, acrescentando a expectativa de colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), com sede em São Paulo, até novembro de 2021. “O consórcio que vencer a concorrência será também responsável pelas obras”, prossegue.

“O estudo preliminar apresenta algumas condições, uma análise de determinados locais. Mas no fim é o mercado que vai definir juntamente com a empresa que ganhar a concessão. Porém, uma coisa é certa: Cascavel será protagonista”, afirmou o diretor-presidente da Ferroeste.

Além disso, expedição por pontos sensíveis do traçado finalizada em 25 de março pelo comitê formado por técnicos do Paraná e do Mato Grosso do Sul passou por Campo Grande, Dourados, Caarapó e Mundo Novo, em território sul-mato-grossense, além de Guaíra e Cascavel, no paranaense.

“A viagem foi muito produtiva. Há um alinhamento dos dois governos e uma confiança no andamento dos resultados técnicos. A topografia favorece a Nova Ferroeste e as cooperativas apresentaram a necessidade de uma ferrovia deste porte para expandir os investimentos. Vamos avançar nos estudos”, pontuou Luiz Henrique Fagundes, coordenador do Grupo de Trabalho Ferroviário do Estado do Paraná.

Fonte: www.douradosnews.com.br,01/04/2021

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