A banda larga da ferrovia

De sistemas de sinalização e de automação de locomotivas ao monitoramento de vias, passando pela interação entre as equipes. Para todas essas tecnologias e processos, conectividade integrada com aplicações inteligentes são fatores-chaves para o seu uso em plenitude. Quanto melhor e mais ampla a rede de cobertura wireless que abastece uma ferrovia em toda a sua extensão, maior será a capacidade de transmissão de dados e de comunicação entre colaboradores e soluções embarcadas nos trilhos. Quem ganha com essa eficiência e segurança são a operação e a manutenção ferroviárias.

A Trópico está engajada nessa transformação digital da ferrovia no Brasil. Com sede em Manaus (AM) e filial em Campinas (SP), a empresa tem equipe especializada no desenvolvimento dedicada a levar para o setor ferroviário a chamada rede wireless privada, já implementada pela Trópico em outros mercados, como de telecomunicação, mineração e agronegócio.

Trata-se da Solução Integrada de Conectividade e de Aplicações de Banda Larga Wireless de Ampla Cobertura, que utiliza tecnologia celular na frequência de 250 MHz e garante que toda a capacidade da rede seja voltada às necessidades da ferrovia, sem riscos de perda de dados devido ao compartilhamento da conexão com a população. Outro diferencial é a operação em frequência mais baixa, que garante um raio de cobertura que pode chegar a até 30 km, dependendo das condições do relevo.

“Acreditamos que a tecnologia, por ser perfeitamente adequada às demandas do setor ferroviário e padronizada por órgãos internacionais, é a melhor escolha para a infraestrutura de conectividade das malhas, garantindo a interoperabilidade entre as concessionárias e facilitando a operação de tráfego mútuo e direito de passagem, um desafio atual”, ressalta o presidente da Trópico, Paulo Cabestré.

Em 2018, a empresa ingressou de vez no setor ferroviário ao firmar com uma concessionária de carga um projeto piloto para a instalação de estações Rádio Base 250 MHz, num trecho próximo à sede da empresa, e de terminais VSA (Vectura Smart Access) em locomotivas. O projeto englobou também o desenvolvimento de testes de comunicação, levando em conta altos volumes de dados. O objetivo é aprimorar a rede de celular da ferrovia, cuja operação e gestão dos trens são realizadas hoje por um sistema de banda estreita, o que limita a oferta de serviços e aplicações.

Após o período de testes, a Trópico oficializou o contrato no início de 2020, para em seguida elaborar o projeto executivo. Em janeiro deste ano, a empresa entrou em campo para implantar sites e estações Rádio Base 250 MHz em toda a extensão da malha, que tem centenas de Km. A implementação está dividida em fases, incluindo a instalação física e configuração dos elementos e, numa etapa posterior, a interoperabilidade com a rede e aplicações da ferrovia. As atividades seguem em ritmo acelerado, com o plano de entregar o sistema totalmente operacional já em 2022.

Fonte:revistaferroviaria.com.br/

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