“Traçado não passa por reserva indígena ou área de proteção”

O diretor-executivo da Rumo Logística S/A, João Alberto Abreu, afirmou que todo o traçado da 1ª Ferrovial Estadual de Mato Grosso foi elaborado de forma a respeitar o meio ambiente e as reservas indígenas. Por conta disso, ele não acredita em entraves na liberação da licença ambiental.

O diretor-executivo João Alberto Abreu: "Mais de 2,5 mil traçados e estudos foram feitos" - Mayke Toscano/Secom-MT

Diretor-executivo João Alberto Abreu:  – Mayke Toscano/Secom-MT

 

O projeto da ferrovia prevê a implantação de 730 km de trilhos e terminais que vão interligar os municípios de Rondonópolis, Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. Os custos do modal estão previstos em R$ 11,2 bilhões.

De acordo com João Alberto, mais de 2,5 mil traçados foram elaborados e estudados para evitar maiores impactos sociais e ambientais.

“Eu diria que o principal cuidado com relação a parte ambiental foi feito quando o traçado foi definido”, disse.

“Mais de 2,5 mil traçados e estudos foram feitos para garantir que esse traçado não passasse por nenhuma área de proteção ambiental, não chegasse perto de nenhuma área e reserva indígena. Então, já se parte de um traçado que teve seus cuidados na concepção”, afirmou o CEO da empresa.

Na última segunda-feira (20), o Governo do Estado assinou contrato com a empresa.

De acordo com o diretor-executivo, os estudos de impacto ambiental tiveram início há quase dois anos, quando a empresa manifestou interesse em construir o traçado.

Assim, primeiro, foi para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), pois o traçado seria licenciado pela União, mas posteriormente foi encaminhado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

“O processo ambiental de uma obra dessa envergadura é longo. Segue todos os procedimentos. Já são quase dois anos de estudos ambientais, com a expectativa de finalizar após quase 3 anos de trabalho com licenciamento ambiental no inicio do ano de 2022”, disse.

A empresa deve terminar o estudo até março do ano que vem, pois é o prazo contratual que o Executivo dá para o licenciamento ambiental.

A construção deverá ter início em até seis meses após a emissão da licença ambiental de instalação, ou seja, a previsão é de que os canteiros de obras se iniciem em torno do 2º semestre de 2022.

Emissões de carbono

O diretor-executivo ainda fez um comparativo de emissões de carbono entre o modal ferroviário e rodoviário e apontou que o primeiro é mais sustentável.

“Para cada 100g de carbono emitido no modal rodoviário, se emite 15 no modal ferroviário”, explicou.

“Ele é sustentável pela própria natureza do modal. Então, esses dois aspectos foram considerados na natureza do projeto”, completou.

Ferrovia Estadual

A Rumo irá explorar a concessão pelos próximos 45 anos, com direito de prorrogação de prazo por tempo igual.

A obra consiste na construção de 730 km de malha ferroviária e conectará Mato Grosso à malha ferroviária nacional em direção ao Porto de Santos (SP).

A expectativa é de que o Terminal de Cuiabá seja concluído até o 2º semestre de 2025 e o de Lucas do Rio Verde, até o 2º semestre de 2028.

Fonte: https://www.midianews.com.br/politica/rumo-tracado-nao-passa-por-reserva-indigena-ou-area-de-protecao/407613

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