O governo do estado pretende implantar, a partir de 2022, a Tarifa Social, um meio de custear parte da passagem para os usuários dos trens e metrô, válido apenas para quem utiliza o Bilhete Único. Hoje, a medida beneficia somente os usuários do transporte por barcas, cuja tarifa é de R$ 5,15 quando paga com o BU. A diferença para atingir os R$ 6,90 do valor normal é subsidiada pelo governo ao concessionário.
A informação foi prestada pela subsecretária de Mobilidade e Integração Modal do estado, Paula Azem, ao participar do seminário Colapso da Mobilidade Urbana, organizado pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). A Tarifa Social foi aprovada pela Assembleia Legislativa (Alerj) em 2014.
— A gente já tentou (colocar em prática) este ano, mas, pelo estado estar em regime de recuperação fiscal, não conseguimos levar (o projeto) à frente. Mas estamos em negociações avançadas junto à Fazenda para que a gente possa incluir as despesas da Tarifa Social (no orçamento) — disse a subsecretária, sem dar mais detalhes de como a Secretaria de Estado de Transportes vai viabilizar a proposta.
Perda definitiva de 20% dos passageiros
A crise no sistema de transporte do estado, agravada pela pandemia, foi o tema do seminário. De acordo com o presidente dos Conselhos Empresariais de Logística e Transporte da ACRJ, Delmo Pinho, que foi secretário de Transportes do governo de Wilson Witzel, a pandemia transformou a mobilidade urbana da cidade. Ele prevê uma perda definitiva de 20% dos passageiros do sistema:
— No futuro próximo, ano que vem ou 2023, é muito provável que a gente vá perder 20% da demanda de passageiros de forma definitiva. Os hábitos mudaram. Algumas empresas já falam em manter o trabalho híbrido (parte presencial e parte em home-office), e isso vai impactar no serviço de transportes — prevê.
Dados apresentados pela subsecretária de Mobilidade e Integração Modal do estado mostram que todos os meios de transportes tiveram redução de passageiros depois do ínicio da pandemia: as barcas tiveram queda de mais de 70% dos usuários; o metrô, de 50%; o trem, de 45%; e os ônibus, que tiveram recuperação, ainda sofrem com 25% na diminuição da demanda, segundo Paula Azem.
Entre as causas para a crise está o reajuste no valor do diesel, o furto de roubos de cabos, para os trens, além das medidas restritivas impostas pela pandemia da Covid-19.
Todos os aspectos debatidos serão levados para o Executivo e o Legislativo estadual e municipal para que sejam discutidas políticas públicas para o sistema de transporte do Rio.
— O problema é real. Ele precisa ser enfrentado de qualquer maneira — diz Delmo.
Fonte: Jornal Extra, 21/10/2021
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