O Relógio da Central do Brasil, no Centro do Rio de Janeiro, voltou a marcar a hora certa neste sábado (24). O relógio ficou mais de um ano parado ou atrasado por falta de manutenção.
A última reforma do relógio mais icônico da cidade ocorreu em 2018, quando o equipamento ganhou acionamento elétrico e motorização, além de melhorias do comando geral de engrenagens e dos painéis de controle.
Em dezembro de 2020, o relógio marcou a hora certa pela última vez. Até este sábado, o equipamento estava desligado por falta de reparos.
“Não foi feita a manutenção dele, há um mecanismo de sincronismo entre as faces para que elas operem de forma simultânea. Essa manutenção não foi feita, a máquina começou a trabalhar sob muita pressão e por isso ele foi desligado no ano passado para que ele não tivesse mais prejuízo”, explicou Fernando Veloso, secretário de Administração Penitenciária.
O estado não divulgou o custo da obra. O secretário de administração penitenciária, que é a pasta responsável pelo prédio da central, disse que vai manter o serviço de manutenção preventiva no relógio.
“A gente não pode deixar de fazer essa manutenção. Isso está programado, isso está previsto, isso será feito para que a gente mantenha esse símbolo do Rio funcionando e que as pessoas olhem pra cá e percebam que o Rio está acertando seus ponteiros”, completou.
O trabalho para acertar os ponteiros do velho relógio não parou nem mesmo no Natal. Até um técnico vestido de Papai Noel apareceu para dar uma ajuda.
Parado no tempo
Com 78 anos, o relógio da Central ocupa, a 110 metros de altura, cinco andares do Edifício Dom Pedro II, erguido em 1943, na Av. Marechal Floriano.
Cada face do equipamento tem dez metros quadrados, entre o 21° e 26° andares da torre. Só os ponteiros de cada um dos lados pesam mais de 400 quilos.
Um dos maiores e mais imponentes relógios analógicos do Rio de Janeiro enfrentou problemas já nos primeiros anos de “vida”. Contudo, a primeira grande manutenção no equipamento só aconteceu em 1974, 31 anos depois de sua inauguração.
Nos anos 1990, a torre do relógio também sofreu com pichações e atos de vandalismo.
Foto: AENFER
Em 2017, o relógio parou de funcionar por um ano e quatro meses, só voltando a funcionar corretamente depois da reforma de 2018.
Em dezembro do ano passado, o relógio marcou a hora certa pela última vez.
Fonte: G1, 25/12/2021
Foto: AENFER