SuperVia diz que não pretende deixar concessão

Após novas críticas do governador Cláudio Castro, a SuperVia afirmou, nesta segunda-feira, que não pretende abandonar a concessão do serviço de transporte dos trens no Rio. O posicionamento da concessionária cita empenho em promover melhorias para atender as fiscalizações praticadas pelo Governo do Estado e também aos trabalhos conduzidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito em curso na Alerj.

“Nesse sentido, reitera o seu interesse em se manter como concessionária do serviço de transporte público de passageiros”, disse a SuperVia, em nota oficial.

A fala da concessionária foi uma resposta a posicionamento de Castro divulgado nesta segunda-feira, em reportagem do jornal O Globo, onde o governador menciona o abandono da concessão como alternativa da empresa. Segundo ele, a concessionária vem tendo dificuldades de se ajustar e de oferecer bom serviço aos passageiros.

“A manutenção deles é porca, tanto nos trilhos quanto nos trens. E tentam jogar na conta do estado. Querem dinheiro e não vão ter. Ou se ajustam ou serão multados todo dia. Ou também podem optar por devolver a concessão e eu mesmo faço os investimentos”, disse o governador.

Na última semana, durante o anúncio da construção de um restaurante popular no Centro, Castro já havia criticado de forma contundente o serviço prestado pela concessionária que administra os trens. “A SuperVia faz um serviço de péssima qualidade, desrespeitoso com o cidadão fluminense, e o Estado está exercendo a força da multa para que eles possam voltar a melhorar a manutenção”, explicou Castro.

As falhas no sistema de trens, como a que aconteceu no dia 6 de abril, quando 54 estações amanhecendo fechadas e dois ramais Saracuruna e Belford Roxo, provocaram a insatisfação ainda maior do governador, que ainda negociava o aumento de passagem proposto pela SuperVia. Para Castro, só a questão do furto de cabos não justificava as falhas na prestação de serviço.

A SuperVia tenta o aumento de passagens desde o início do ano, quando a Agetransp autorizou que a nova tarifa fosse dos R$ 5 atuais para R$ 7, mas o governo embarreirou o reajuste e tentava negociar com a empresa. As tratativas pararam em abril, quando o governo encerrou as negociações apontando falhas na prestação de serviços da empresa.

Multas
O Estado, através do Procon-RJ, já aplicou três multas na concessionária de trens. Duas delas nas últimas duas semanas. Sendo a última no valor de R$ 1,9 milhão por falhas de superlotação, falta de acessibilidade e má conservação em três estações do ramal Japeri.

Fonte: odia.ig.com.br, 17/05/2021

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