O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que a solução para as obras do metrô da Gávea, paralisadas desde 2015, será tomada em breve. A fala do chefe do executivo fluminense foi dada durante um encontro com empresários, políticos e representantes da AmaGávea, na última quinta-feira (07/07).
Para o ex-secretário municipal de turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello, um dos responsáveis pela reunião com o governador, uma série de trâmites burocráticos com o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) impedem o avanço das tratativas.
“Fizemos a cobrança a Castro, existe a vontade política de concluir. Ele disse que a coisa está caminhando e que a solução vem em breve, mas falta desenrolar alguns entraves no TCE para dar início e não precisar jogar mais água dentro da estação. Isso é para segunda instância, o que pode levar algum tempo, mas nada melhor num momento em que o prefeito Eduardo Paes anuncia o VLT até a Gávea. Seria a integração que estava faltando”.
O TCE determinou pela quinta vez que o Governo do Estado adote medidas para reduzir os riscos da estação do metrô.
Um estudo feito pela Escola de Engenharia da PUC-Rio apontou para o risco de afundamento do terreno, que fica bem abaixo do estacionamento da PUC e da rua Marquês de São Vicente.
A construção da nova estação do metrô, que deveria ficar pronta para os Jogos Olímpicos do Rio, de 2016, já custou R$ 9,5 bilhões aos cofres do estado. Desse total, R$ 3,7 bilhões foram superfaturados.
Pelo projeto da obra, em 2013, dois grandes buracos foram escavados com 50 metros de profundidade para construir a estação. Contudo, a operação foi paralisada antes da conclusão.
Em 2015, as paredes dos buracos ganharam uma camada de proteção chamada de concreto primário. Estruturas chamadas ‘tirantes’ foram fixadas para fortalecer a construção. Segundo a concessionária responsável pela obra, como não havia previsão de retomar os trabalhos, engenheiros decidiram encher os buracos com água, pois isso faria pressão nas paredes e evitaria desmoronamentos.
Fonte: Diário do Rio, 11/07/2022