O trem de passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), mantido pela Vale, está sem operar normalmente há quase três meses. A circulação entre os municípios de Antônio Dias e Belo Horizonte e entre Itabira e Nova Era foi suspensa em abril.
Foto: Vale / Divulgação
Nesta semana, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a mineradora reative o transporte em até 60 dias. O trecho em Minas Gerais foi interditado devido à erosão de um talude no quilômetro 493, que se intensificou após as chuvas do início do ano. No portal de compra de passagens do trem, a Vale alega que a medida foi tomada por precaução e para a segurança dos passageiros.
O MPF se reuniu com representantes da empresa, que afirmaram que as obras de limpeza e restauração do trecho seriam concluídas em setembro. No entanto, a Vale diz, em nota e comunicado no site, que a ferrovia continua fechada nesses locais “por tempo indeterminado” e que as áreas passam por obras de manutenção até que a operação seja retomada “o mais breve possível”.
“Importante ressaltar que os órgãos competentes são informados sobre eventuais alterações no funcionamento do trem. Em caso de dúvidas, os passageiros podem entrar em contato por meio do Alô Ferrovias 0800 285 7000 ou WhatsApp (27) 995035918”, completa a empresa.
Abrangência
Ao todo, o trem de passageiros passa por 42 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo e percorre 664 quilômetros, em um trajeto de 13h. Em seu site, a Vale informa que a média histórica é de 1 milhão de pessoas transportadas por ano, tanto de MG para o ES, quanto no sentido inverso.
Fonte: O Tempo, 18/07/2022