O secretário de Transportes do Estado informou que terminou neste sábado (1º) o prazo para que a SuperVia comprovasse os investimentos obrigatórios que deveriam ter sido feitos durante o contrato de concessão. Nas redes sociais, Washington Reis afirmou que está em busca de novos parceiros para assumir a gestão da malha ferroviária de forma rápida e pacífica.
“Junto com o governador Cláudio Castro e a Procuradoria Geral do Estado, nós estamos notificando a SuperVia. Chegamos ao prazo final e ela não cumpriu com uma série de obrigações. Nós prezamos e exigimos um transporte de qualidade para o trabalhador. Por isso, nós vamos ter essa transição, esperando que seja rápida e pacífica, para que a gente possa buscar de fato atender a população com dignidade e respeito”, disse Reis.
Foto: Supervia
O grupo que controla os trens da SuperVia desistiu das operações e devolveu a concessão ao governo do Rio no final de abril. O atual contrato, no entanto, termina em outubro deste ano, e será preciso arrumar novo acionista ou realizar uma licitação para escolher uma nova empresa para operar os serviços.
Em nota, a empresa Gumi Brasil, responsável pela SuperVia, informou que o contrato foi prorrogado em 2010 e a contrapartida para a renovação foi a realização de investimentos ao longo dos últimos 13 anos. A empresa afirma que todos eles foram feitos e comprovados, inclusive com envio de notas fiscais em 2018 e reenviados em 2021. A construção de novas estações, de um novo Centro Operacional e a modernização de todo o sistema e subestações elétricas para receber os trens com ar condicionado são citadas pela empresa como aplicações realizadas.
“A Gumi Brasil mantém a negociação com o Governo do Estado para a troca do controle acionário da SuperVia. Já a SuperVia, como concessionária, se manterá como prestadora de serviços à população, mesmo sob um novo grupo controlador e realiza negociações, em separado, para a execução do serviço à população do Rio de Janeiro”, diz em nota.
A concessionária opera a malha ferroviária fluminense desde 1998. Em 2019, passou a ser controlada pela Gumi (Guarana Urban Mobility Incorporated), um consórcio de propriedade das japonesas Mitsui e West Japan Railway Company e de um fundo de investimentos local.
Fonte: odia.ig.com.br/