O Globo – Um novo passo foi dado nos entendimentos para pôr fim ao impasse que há quase dez anos paralisa as obras da Linha 4 do metrô (Nossa Senhora da Paz / Ipanema-Jardim Oceânico / Barra). A solução encontrada, no entanto, pode exigir uma caminhada extra dos passageiros. Na proposta apresentada, quem vier pelos trilhos do Centro ou das zonas Norte e Sul precisará ir até São Conrado e descer na plataforma para embarcar rumo à Estação Gávea. Baratear a execução da obra foi a forma acertada para retomá-la. Pelo menos neste momento, o projeto original não será realizado na íntegra: a conclusão da alça entre o Leblon e a Gávea foi postergada.
Além de concluir a estação hoje submersa — o buraco, de 35 metros de profundidade, está coberto de água desde 2017 —, o acordo entre o poder público e empreiteiras prevê o termino da escavação, com uso de dinamite, da galeria entre São Conrado e Gávea. Um trem especial será colocado para atender este trecho.
Leblon-Gávea sem prazo
A Setram afirma que a alça Leblon-Gávea será concluída quando for feita a expansão do metrô até a Estação Uruguai, sob o Maciço da Tijuca, prevista no traçado do sistema metroviário, mas sem prazo para sair do papel. O trecho pronto (entre a Praça Antero de Quental e o Alto Leblon), garante o órgão, “está estruturalmente finalizado e seguro com aduelas, sem risco à integridade do local”. Segundo o presidente da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária, Ricardo Lafayette, a previsão é de que 6,5 quilômetros precisem ser abertos entre as estações Gávea e Uruguai (Tijuca), sob o maciço da Tijuca.