Metrô até Niterói e São Gonçalo é defendido pelo Crea-RJ
O apresentador Francisco Barbosa, entre os engenheiros Luiz Carneiro, diretor, e Miguel Fernández, presidente do Crea-RJ
Um sonho que desafia gerações, o projeto de ter metrô até Niterói e São Gonçalo voltou a ser levantado. Diretor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), o engenheiro Luiz Carneiro defendeu, nesta quarta-feira (2), que o Governo do Estado retome as conversas sobre a sonhada Linha 3.
“A conclusão da estação da Gávea é importantíssima, por causa da segurança, entre outros fatores. Mas é muito importante atentarmos que é preciso fazer a ligação da Linha 2 com o outro lado da Baía de Guanabara. Precisamos levar o metrô a Niterói e São Gonçalo, onde há dois milhões de habitantes precisando de um transporte público como o metrô. É um projeto que existe mas está parado e beneficiaria toda a população do outro lado. Precisamos fazer a ligação entre o Estácio, Carioca, Barcas… e até Guaxindiba. Esse trecho seria todo subterrâneo e é muito fácil cruzar a Baía por um túnel na rocha, cerca de 5 quilômetros e meio de extensão”, afirmou Carneiro.
No ano passado, o Governo do Estado lançou edital de concorrência para a realização de mais um estudo “de viabilidade técnica, jurídica, econômica e ambiental” de implementação da Linha 3, agora interligando a Praça Quinze (Rio), a Praça Arariboia (Niterói) e Alcântara (São Gonçalo), passando sob a Baía de Guanabara. No entanto, em julho deste ano, o processo foi anulado por ordem do Tribunal de Contas do Estado (TCE) por suspeita de irregularidades.
Estação da Gávea
O governador Cláudio Castro assinou, nesta quarta-feira (2), o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para o reinício das obras da estação do metrô da Gávea. As obras estavam paralisadas há quase uma década.
O documento, que já recebeu o aval do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), será submetido à homologação do Tribunal de Justiça (TJ-RJ). Após essa etapa, haverá a assinatura do Termo Aditivo do contrato firmado entre a Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade (Setram), a RioTrilhos, o MetrôRio e as empresas construtoras. A estimativa do Governo do Estado é de que o início das intervenções ocorra em 60 dias.
Inaugurado em 1979, o metrô do Rio conta hoje com 41 estações e cerca de 57 quilômetros de extensão, distribuídos em 3 linhas (1, 2 e 4), e com movimento médio de cerca de 660 mil passageiros, em dias úteis. O sistema é o quarto maior em extensão e o terceiro maior em movimento entre os sistemas metroferroviários em operação no Brasil, atrás apenas dos sistemas de trem metropolitano e metrô da Região Metropolitana de São Paulo.
Fonte: Enfoco
Foto: Crea-RJ