MRS mira inteligência artificial da SAP

Convergência Digital – Com um custo de combustível de R$ 125 milhões por mês, todo minuto conta na operação da MRS Logística – afinal, são US$ 500 a cada um deles. Por isso o presidente da empresa, Guilherme Segalla de Mello, revelou durante o SAP NOW AI Tour 2025 que a busca pela eficiência operacional é uma necessidade financeira imperativa. E essa busca foi o motor da transformação digital com a SAP.

“Cinco anos e meio atrás, tínhamos um sistema legado antigo há mais de 10 anos. Passamos basicamente um ano fazendo diagramas de blocos sobre a maneira como costumávamos trabalhar. Então, trouxemos a SAP para trabalhar conosco e a mensagem para toda a empresa foi: padrão, padrão, padrão”, destacou o executivo.

“Exportamos a maior parte do que o Brasil faz de melhor, minério de ferro e produtos agrícolas, através dos portos do Rio e São Paulo. Portanto, estamos inseridos onde está 60% do PIB do país. Operamos 20 mil vagões, 800 locomotivas. Grande parte da nossa jornada com a SAP tem estado ligada à excelência operacional e à produtividade”, emendou.

A empresa, revelou Mello, já avalia ampliar o uso de recursos de inteligência artificial para automatizar o controle de uma rede de 1,6 mil quilômetros de ferrovias. “Estamos aproveitando todas as capacidades de inteligência artificial já integradas ao sistema. E num futuro próximo, queremos ter esse tipo de conversa em que qualquer sensor pode enviar um sinal, dispensando a necessidade de uma inspeção de rotina, que pode acionar todos os tipos de trabalho a serem realizados em nossas mil milhas de ferrovia em todo o Sudeste. Mas é uma jornada. Sabemos que vai levar algum tempo.”

A IA já vem sendo usada com sucesso na empresa. Durante o SAP Now AI Tour 2025, a MRS Logística foi a vencedora com a solução Dimensionamento Operacional, que tem por objetivo minimizar a necessidade de redimensionamento de recursos em função da variação da demanda, considerada crítica em qualquer setor de atuação. A chave da proposta foi unir a IA Joule à base de ERP para ganhar mais agilidade e eficiência operacional a custos reduzidos.

Imagem produzida por IA (Chatgpt)

Segundo Mello, a jornada de transformação digital da MRS foi essencial para uma operação que vai além do transporte ferroviário.  “Estamos iniciando uma nova jornada para operar o sistema hidroviário Tietê-Paraná, então vamos comprar barcaças em vez de locomotivas ou vagões, vamos comprar rebocadores em vez de locomotivas, e o fato de termos uma plataforma padrão sobre a qual podemos construir e escalar foi basicamente a melhor decisão.”

Outro forte motivo, disse Mello, foi a flexibilidade para evoluir com as necessidades do negócio. “Vamos operar novos terminais de carga, então, quanto mais pudermos construir sobre uma base que é escalável e padronizada em seu núcleo, mais simplificamos nossa vida. E em terceiro lugar, eu diria que a resiliência operacional e a escalabilidade de longo prazo são o que precisamos ter.”

Fonte: https://convergenciadigital.com.br, 21/08/2025

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