Projeto de recuperação e ampliação da ferrovia TransAmericana está na pauta da agenda do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em Brasília. Ele se reunirá nesta quinta-feira (22) com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, para tratar sobre a assinatura de protocolo de intenções entre os governos do Brasil e da Alemanha, acordo que deve estimular o interesse de investidores internacionais.
A informação foi dada pelo titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck. “Amanhã [nesta quinta-feira], o governador conversa com o ministro Quintella para assinarmos o acordo entre os ministérios [de Transporte] alemão e brasileiro. Com isso, podemos conseguir investidores estrangeiros”, afirmou.
Com os investimentos, a intenção é recuperar a ferrovia, que se encontra em situação precária, e fazer a ligação entre Santos (SP) e Santa Cruz de la Sierra (Bolívia). “Dormentes velhos, trilhos tortos, sem sinalização adequada”, enumera Verruck, descrevendo as condições da ferrovia.
Caso não apresentasse essa precariedade, a ferrovia poderia, por exemplo, permitir o escoamento de combustível do município de Paulínea (SP) para Mato Grosso do Sul. “Com isso, poderíamos tirar cerca de 600 caminhões das estradas. Mas para a ferrovia melhorar, é preciso investimentos”, afirmou Verruck.
O próprio secretário também terá agenda em Brasília referente à ferrovia. “Tenho reunião às 16h para tratar da inserção desse projeto na PPI [Programa de Parceiras de Investimentos]”, afirmou. Isso objetiva, de acordo com Verruck, criar visibilidade para atrair investidores internacionais.
TransAmericana – O projeto da Ferrovia TransAmericana é encabeçado pela Rumo, junto com a Ferrovia Oriental e Andina, o Hub Intermodal de Três Lagoas e a Transfesa, com apoio do governo do Estado.
De acordo com o governo, a ferrovia, que permite a integração do modal ferroviário brasileiro e boliviano, reduzirá em até 25 dias o trajeto percorrido pelas exportações sul-mato-grossenses.
Fonte: Campo Grande News, 21/03/2018