SuperVia tem estação abandonada há 14 anos

Diário do Rio – Quem vem da Linha Amarela e entra na alça de acesso aoNorte Shoppingnão pode deixar de notar uma estrutura inacabada e em visível estado de deterioração. Construída no início dos anos 2000, a Estação Walmart, que deveria ter facilitado o acesso à região e integrado o transporte público à área comercial, nunca foi operada pela Supervia, mesmo estando praticamente finalizada.

Localizada entre as estaçõesDel Castilho e Pilares, na Zona Norte do Rio, a estação foi planejada para fazer parte do Ramal Belford Roxo, um dos mais sucateados da concessionária. A construção foi concluída em 2002, sendo um parceria entre a Supervia e o Walmart, então uma das maiores redes de supermercados no Brasil, que operava no Power Center Linha Amarela até 2020. A estação foi entregue pronta ao final de 2002 como parte de um acordo de contrapartida, no qual o Walmart se comprometeu a construir duas lojas na região. Apesar de ter cumprido sua parte do acordo, a Supervia nunca colocou a estação em operação.

Estação Walmart – Foto: Reprodução/Google Maps

 

O interior da construção está equipado com plataformas, coberturas, roletas e até elevadores para pessoas com deficiência, mas carece da instalação das passarelas necessárias para que os passageiros possam acessar o local. O objetivo do acordo era duplo: aumentar o número de passageiros no ramal e atrair mais clientes para as lojas.

A ausência de funcionamento da estação não tem explicações oficiais por parte da Supervia, que nunca apresentou justificativas claras para o não uso da infraestrutura já construída. A situação da área em torno da estação é agravada pelo tráfico de drogas e pela construção de diversas casas ilegais ao longo do seu acesso.

Se estivesse em operação, a parada facilitaria significativamente o acesso ao Norte Shopping, similar ao impacto positivo que as estações da Supervia e do MetrôRio têm no Nova América. Além disso, ofereceria mais uma opção de transporte para os moradores de Pilares e de outras áreas vizinhas.

Fonte: Diário do Rio, 19/08/2024

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