Após acordo assinado pelo prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, o presidente Lula e a ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou recentemente suas intenções para revitalizar a Estação Barão de Mauá (Leopoldina). A ideia é, além da reforma do prédio, por sinal, muito bem-vinda, abrigar uma escola técnica, construir no entorno um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida e uma segunda Cidade do Samba, para abrigar as agremiações da Série Ouro do carnaval carioca.
Essa notícia não agradou muita gente, principalmente aqueles que lutam pelo transporte ferroviário e que sabem da real necessidade de uma malha ferroviária eficaz que atenda não só a cidade, mas todo o estado.
Há uma mobilização por parte da sociedade civil organizada e de instituições que defendem o verdadeiro papel da Estação Barão de Mauá.
A AENFER, há anos, vem cobrando dos órgãos públicos e em dezembro do ano passado, antes da assinatura do acordo, enviou correspondência ao prefeito Eduardo Paes em que solicita uma Audiência Pública com a participação da Frente Parlamentar Pró-Ferrovias Fluminense, da ALERJ; Secretarias de Transporte, Cultura e Planejamento do Governo Municipal; Secretaria de Estado de Transportes e Mobilidade Urbana do Governo Estadual; Supervia, Metrô, VLT Carioca e Central Logística; Clube de Engenharia; CREA-RJ; FIRJAN, Associação Comercial do RJ e FECOMERCIO e Entidades de Preservação Ferroviária e de movimentos que lutam pela volta dos trens.
Infelizmente, ainda não houve um retorno por parte da Prefeitura, o que tem sido motivo de angústia. Mas ainda há uma expectativa para que essas entidades sejam ouvidas e possam apresentar suas propostas.
Foto: Carlos Latuff