Um levantamento preliminar feito pelos técnicos do Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (LabTrans/UFSC) indica que a linha ferroviária existente entre os municípios de Capão do Leão, Pelotas e Rio Grande/Cassino pode ser usada para a implantação do trem regional de passageiros. A instalação de um trem de passageiros na região é alvo de um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental feito pelo LabTrans/UFSC por ordem do Ministério dos Transportes. O trecho é um dos 64 selecionados pelo ministério para integrar o Plano Nacional de Revitalização das Ferrovias.
O trecho existente e utilizado atualmente apenas pela América Latina Logística (ALL) para o transporte de cargas representa 70% do percurso imaginado para a linha, o que baratearia os custos de implantação do serviço. Conforme o coordenador do LabTrans/UFSC, Rodolfo Phillipi as informações preliminares obtidas pelos técnicos envolvidos na elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) fazem crer que o trajeto da futura linha tenha em torno de 89,3 quilômetros, dos quais 65 quilômetros estão atualmente em uso. Os levantamentos iniciais mostram, ainda, que seria preciso recuperar em torno de dez quilômetros de linhas que hoje estão abandonadas e construir aproximadamente 15 quilômetros de novos ramais.
Audiência Pública
No próximo dia 13 de abril as comunidades das três cidades se reúnem em Pelotas para participar de uma audiência pública com os responsáveis pelo estudo. Entre os pontos a serem discutidos está, exatamente, o traçado imaginado pelas comunidades a serem atendidas pelo serviço. “É muito importante que as comunidades e os representantes de entidades e Poder Público se façam presentes, pois será a principal oportunidade que terão de opinar e contribuir para o estudo que definirá se é viável ou não implantar o trem de passageiros”, explica o deputado federal Fernando Marroni (PT-RS), responsável por coordenar as ações políticas regionais em favor da implantação do serviço.
Fonte: Diário Popular, 23/03/ 2012