Metrô: vagões femininos livres para penetras

Rio – Uma lei que evita abusos contra mulheres pode enfrentar dificuldades para embarcar nos novos trens do metrô, que começam a circular no próximo mês.

Como as composições chinesas não tem divisórias internas entre os vagões, a norma que determina carros exclusivamente femininos em horários de maior movimento vai depender ainda mais do bom senso dos homens.

“Conquistamos o direito de viajar sem sermos incomodadas. Espero que o problema não volte, e que a gente continue viajando sem sermos constrangidas”, desabafa a estudante de Administração Sara Ferreira.

A lei determina vagões só para elas das 6h às 9h e das 17h às 20h. A determinação, que vale para o sistema ferroviário, é aplicada nos dias úteis. A concessionária Metrô Rio ressalta que a legislação não lhe dá poderes para retirar um homem do carro feminino e que contará com a colaboração dos usuários.

“Se do jeito que está os homens já entram, imagine sem as portas?”, questiona Luana Souza, 30 anos, funcionária do Rio Poupa Tempo. “Eles vão desrespeitar a lei se o segurança não ficar no vagão”, completa a analista de sinistro Raquel Borret, 27.

A Metrô Rio informa que não haverá seguranças dentro dos carros. Eles vão orientar passageiros nas plataformas, solicitando a saída dos homens dos vagões delas.

Em nota, a empresa explica que nos novos trens, o carro destinado às mulheres terá sinalização indicativa nos lados interno e externo. Também será aplicada tarja informativa no gangway (a ‘sanfona’ que liga os carros e permite a passagem de um para o outro).

Na SuperVia, a viagem é fiscalizada

Com novos trens em circulação desde março, a SuperVia garante que o número de queixas sobre invasão em vagões femininos diminuiu. Assim como o modelo antigo, a composição chinesa adquirida pela empresa tem passagem livre entre os carros.

Nos novos trens, agentes da concessionária circulam entre os vagões para fiscalização de normas, como a lei do vagão exclusivo para mulheres. Os seguranças também atuam nas plataformas. Usuários contam que os funcionários não viajam nas composições antigas.

Fonte: O Dia, 26/07/2012

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